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ECOS DO TIRO NA PRACA

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

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olhos das autoridades, Juan foi à Casa del Pueblo, situada na<br />

rua San Pablo, número 72, a poucas ruas de onde os militares<br />

haviam fixado seus postos após o ataque na Plaza Mayor<br />

afim de controlar as principais entradas da cidade.<br />

Esperou um minuto para certificar-se de que o caminho estava<br />

livre e, então, quando chegou ao edifício deu duas batidas<br />

consecutivas na porta. Um de seus companheiros entendeu o<br />

código e permitiu a entrada por reconhecer que se tratava de<br />

um membro do partido. Ao entrar, Juan cumprimentou os<br />

outros socialistas e sindicalistas que, perplexos, comentavam<br />

indignados o acontecimento daquele domingo.<br />

– Atiraram para todos os lados na praça! – lembrou um senhor<br />

horrorizado.<br />

– Um caminhão carregado de militantes prontos para defender<br />

a República está chegando das cidades de Béjar e Ciudad<br />

de Rodrigo – avisou um que estava ao telefone.<br />

– Acho difícil passarem pela fronteira... – disse outro homem.<br />

Do fundo da sala, quatro jovens universitários integrantes da<br />

Juventude Socialista Unificada se levantaram em um ímpeto<br />

e se manifestaram entusiasmados:<br />

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