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ECOS DO TIRO NA PRACA

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

Os tiros disparados a esmo na Plaza Mayor da cidade de Salamanca, na Espanha, fizeram as primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, em 19 de julho de 1936. Oitenta anos após o início do conflito, considerado um dos mais hediondos da Europa, as consequências desta tragédia ainda ecoam na história dos moradores da cidade. Principalmente na vida dos três protagonistas dessa obra, que, ainda crianças, tiveram seus pais assassinados durante o regime franquista. Em depoimentos comoventes, os três filhos recordam o passado conturbado e mostram que é possível lutar por justiça sem derramar mais sangue.

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ca. Pouco tempo depois, após participar de um congresso<br />

do Partido Socialista Espanhol (PSOE) ingressou no<br />

partido e foi indicado para um cargo na secretaria provincial<br />

de Política Sindical.<br />

Três anos após Franco ser enterrado na Abadía de la<br />

Santa Cruz del Valle de los Caídos, cerca de 40 km de<br />

Madri, no município San Lorenzo de El Escorial, os espanhóis<br />

conseguiram a aprovação do referendo de uma<br />

nova constituição democrática. Nas primeiras eleições<br />

municipais democráticas, Luís foi o único deputado socialista<br />

a ser eleito. E nas eleições de 1982, seguiu na<br />

candidatura, ganhando com o partido a presidência e<br />

vice-presidência da deputação. Durante doze anos foi<br />

conselheiro da Prefeitura de Salamanca, os doze anos<br />

que a Espanha esteve governada pelo Partido Socialista<br />

Espanhol. Entre suas realizações, Luís gosta de contar<br />

que contribuiu para levar água e mantimentos aos 362<br />

povoados carentes da cidade, melhorar as estradas e trabalhar<br />

para o fomento da cultura tradicional.<br />

Quando já estava aposentado, em 2002, Luís voltou à fábrica<br />

desativada para ver parte do edifício da Prisão Provincial<br />

de Salamanca ser transformado no centro de arte<br />

contemporânea Dominus Artium (DA2) – antes símbolo<br />

da repressão franquista, o lugar se converteu em um es-<br />

Luís Calvo Rengel • 67

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