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A Etica Protestante E o Espirit - Max Weber

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hands was better to them than if all Ireland had been in their possession. (...) Is God, will God<br />

be with you? I am confident he will not”. {“Os ingleses tinham boas propriedades<br />

hereditárias (sobretudo na Irlanda), que muitos deles tinham adquirido com seu próprio<br />

dinheiro (...) Haviam recebido de irlandeses bons contratos de arrendamento por um<br />

bom período futuro e, por conseguinte, grandes estoques, haviam erguido casas e<br />

plantações às suas próprias custas e encargo. (...) Vós rompestes a união (...) numa época<br />

em que a Irlanda estava perfeitamente em paz e quando, através por exemplo da indústria<br />

inglesa, do comércio e do tráfico, o que estava em posse das nações lhes era mais vantajoso<br />

do que se toda a Irlanda estivesse em sua posse (...) Deus está convosco?, estará Deus<br />

convosco? Estou seguro que não, não há de estar.”} Esse manifesto, que lembra certos<br />

editoriais ingleses da época da guerra dos bôeres, não é característico pelo fato de<br />

justificar juridicamente a guerra apelando para o “interesse” capitalista dos ingleses —<br />

argumento que poderia muito bem ter sido levantado numa negociação entre, digamos,<br />

Veneza e Gênova sobre suas respectivas esferas de influência no Oriente [(o que —<br />

apesar de eu ter sublinhado o fato aqui — Brentano curiosamente me apresenta como<br />

objeção, op. cit., p. 142)]. O específico desse documento consiste, isto sim, no fato de<br />

Cromwell justificar moralmente, com a mais profunda convicção subjetiva — como sabe<br />

todo aquele que lhe conhece o caráter — a sujeição dos irlandeses invocando a Deus,<br />

perante os próprios irlandeses, como testemunha de que foi o capital inglês que os<br />

educou para o trabalho. (Além de estar reproduzido e analisado por Carlyle, o manifesto<br />

também consta, em extratos, em Gardiner, History of the Commonwealth, I, pp. 163ss. e,<br />

em tradução alemã, no Cromwell de Hönig.)<br />

66. Não cabe aqui entrar em mais detalhes a respeito. Ver os autores citados duas<br />

notas adiante.<br />

67. Ver as observações de Jülicher em seu belo livro sobre as Gleichnisreden Jesu, vol. II,<br />

p. 636 e pp. 108ss.<br />

68. Para o que vem em seguida, ver mais uma vez, antes de tudo, a análise de Eger (op.<br />

cit.). Também cabe fazer referência à bela obra de Schneckenburger, Vergleichende<br />

Darstellung des luterischen und reformierten Lehrbegriffes (ed. Güder, Stuttgart, 1855), que<br />

ainda hoje não perdeu a atualidade. (A primeira edição da Ethik Luthers de Luthardt, p.<br />

84, não dá uma verdadeira descrição do desenvolvimento.) Ver ainda a Dogmengeschichte,<br />

vol. II, p. 262 infra, de Seeberg. — Sem nenhum valor é o verbete “Beruf” da<br />

Realencyklopädie für protestantische Theologie und Kirche, que, em vez de uma análise<br />

científica do conceito e de sua gênese, contém toda sorte de comentários bastante<br />

superficiais sobre tudo o que se pode imaginar — a questão feminina e coisas do gênero.<br />

— Da literatura econômica sobre Lutero, citem-se aqui apenas os artigos de Schmoller,<br />

“Geschichte der nationalökonomischen Ansichten in Deutschland während der<br />

Reformationszeit”, Zeitschrift für Staatswissenschaft, XVI, 1860), o escrito laureado de<br />

Wiskeman (1861) e o trabalho de Frank G. Ward, “Darstellung und Würdigung von<br />

Luthers Ansichten vom Staat und seinen wirtschaftlichen Aufgaben”, Conrads<br />

Abhandlungen, XXI, Iena, 1898. [A bibliografia sobre Lutero, parte dela primorosa,<br />

publicada por ocasião do quarto centenário da Reforma, até onde eu sei não trouxe

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