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aliada à mais rigorosa conduta moral.<br />
poder das chaves Numa passagem do Evangelho segundo Mateus, Jesus diz a Simão<br />
Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra será ligado<br />
nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 19). Na literatura<br />
rabínica (judaísmo tardio, portanto), “dar as chaves” significava delegar autoridade<br />
sobre um domicílio. Na expressão “poder das chaves”, trata-se das chaves do Reino dos<br />
Céus, as quais Cristo confiou, na pessoa de Pedro, a mandatários humanos e com isso<br />
lhes conferiu uma autoridade vicária sobre seu domicílio na terra, a Igreja. As chaves<br />
simbolizam, não a salvação em si mesma, mas a “porta” da salvação, a “entrada” para<br />
a bem-aventurança.<br />
Port-Royal Cidade francesa famosa pela abadia que se tornou o epicentro do<br />
movimento cismático jansenista. Ver *jansenismo.<br />
praecepta et consilia Distinção caracteristicamente católica entre, de um lado, os preceitos<br />
ou mandamentos que obrigam a todos os fiéis sem exceção e, do outro, os chamados<br />
*consilia evangelica. Ver *consilia.<br />
precisismo, precisistas Na Holanda, segundo <strong>Weber</strong>, o nome precisistas aludia a uma<br />
vida conduzida no respeito “preciso” às prescrições da Bíblia. Ver *Voët.<br />
predestinacianos Calvinistas extremados, para os quais os eleitos constituem um<br />
número muito reduzido (exatamente como no verso de Shakespeare os “happy few”,<br />
isto é, os poucos felizardos).<br />
presbiterianismo As *igrejas reformadas surgidas da doutrina calvinista na Inglaterra<br />
adotaram uma forma de organização eclesiástica presbiteriana, isto é, que rejeitava a<br />
hierarquia episcopal da Igreja *anglicana e se constituía apenas de presbíteros<br />
(ministros e anciãos). Sua doutrina básica se encontra compactada na *Confissão de<br />
Westminster.<br />
pudendum Termo latino, gerundivo do verbo irregular pudet. Designa algo de que se deve<br />
ter pudor, algo que dá vergonha; vergonhoso, aviltante, ignóbil.<br />
puritanos, puritanismo Movimento religioso inglês dos séculos XVI e XVII, inicialmente<br />
determinado a tornar o cristianismo na Inglaterra o mais “puro” possível, praticado<br />
por uma Igreja “purificada” de todo resíduo papista e de todo oficialismo estatal, uma<br />
Igreja de doutrina absolutamente “pura” conforme a Sagrada Escritura — daí o nome<br />
“puritanos”. Os primeiros alvos do inconformismo puritano foram a pompa das<br />
cerimônias litúrgicas da *Igreja da Inglaterra, o luxo de seus paramentos e o excesso de<br />
dias festivos. Entre os “pais peregrinos”, pioneiros que em 1620 partiram para se fixar<br />
nas colônias da Nova Inglaterra, havia mais de 20 mil puritanos. Sua pedra de toque:<br />
a valorização da liberdade de consciência. Coloquialmente, é verdade, o termo<br />
“puritano” seleciona em sua conotação moral as características de moralismo em<br />
excesso, austeridade formalista e rigidez em matéria de costumes, sobretudo em se<br />
tratando de comportamento sexual, contra toda liberalidade nessa área, até na<br />
maneira de vestir-se. No uso weberiano, o termo engloba os movimentos do<br />
protestantismo ascético que floresceram na Inglaterra e nos Países Baixos nos séculos<br />
XVI e XVII, nomeadamente: *congregacionalistas, *batistas, *menonitas, *quakers e