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A Etica Protestante E o Espirit - Max Weber

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Antigo.<br />

14. Para o que se segue, ver Scheibe, Calvins Prädestinationslehre, Halle, 1897. Sobre a<br />

teologia calvinista em geral: Heppe, Dogmatik der evangelisch-reformierten Kirche, Elberfeld,<br />

1861.<br />

15. Corpus Reformatorum, vol. 77, pp. 186ss.<br />

16. Pode-se encontrar uma apresentação da doutrina calvinista bastante análoga à<br />

nossa, por exemplo, na Theologia practica de Hoornbeeck (Utrecht, 1663), L. II c. 1: De<br />

praedestinatione — o capítulo se encontra, caracteristicamente, logo abaixo da seção De<br />

Deo. O autor baseia-se principalmente no primeiro capítulo da Epístola aos Efésios. —<br />

Não nos parece necessário analisar aqui as diversas e incoerentes tentativas de combinar<br />

predestinação e Providência divina com responsabilidade do indivíduo, e de resgatar a<br />

empírica “liberdade” da vontade [conforme aparecem nos primeiros lances dessa<br />

doutrina já em Agostinho].<br />

17. “The deepest community (com Deus) is found not in institutions or corporations or<br />

churches, but in the secrets of a solitary heart” {A mais profunda comunidade com Deus<br />

não se encontra em instituições ou corporações ou igrejas, mas nos recessos de um<br />

coração solitário}, diz Dowden de forma lapidar em seu belo livro Puritan and Anglican<br />

(p. 234), formulando nesses termos o ponto decisivo. [Esse profundo isolamento interior<br />

do indivíduo encontra-se também entre os jansenistas de Port-Royal, que eram<br />

predestinacionistas.]<br />

18. Contra qui hujusmodi coetum (isto é, uma Igreja com doutrina pura, sacramentos e<br />

disciplina) contemnunt (...) salutis suae certi esse non possunt; et qui in illo contemptu<br />

perseverat electus non est. {Em contrapartida, aqueles que desdenham uma assembleia<br />

como esta (...) não podem estar certos de sua salvação, e aquele que persevera nesse<br />

desdém não é um eleito} (Olevian, De substantia foederis gratuiti inter Deum et electos, p.<br />

222).<br />

19. [“Embora se diga que Deus enviou seu Filho para redimir o gênero humano, essa<br />

não era entretanto sua finalidade, Ele queria socorrer da queda somente alguns (...) e eu<br />

vos digo que Deus morreu apenas pelos eleitos (...)” (sermão proferido em 1609, em<br />

Broek; in H. C. Rogge, Johannes Uytenbogaert, II, p. 9. Ver Nuyens, op. cit., II, p. 232).<br />

Complicada também é a explicação da mediação de Cristo dada na Hanserd Knollys<br />

Confession. A bem da verdade, em toda parte se pressupõe que Deus, em rigor, não teria<br />

precisado desse meio.]<br />

20. {Entzauberung der Welt:} [quanto a esse processo, ver os ensaios sobre a “Ética<br />

econômica das religiões mundiais”. Ali demonstramos que a posição peculiar da antiga<br />

ética israelita diante das éticas egípcia e babilônica, cujos conteúdos tinham parentesco<br />

próximo, e seu desenvolvimento desde a época dos profetas basearam-se exclusivamente<br />

neste fato objetivo fundamental: a rejeição da magia sacramental como via de salvação.]<br />

21. [Do mesmo modo, segundo a opinião mais coerente, o batismo só era obrigatório<br />

em virtude de uma prescrição positiva, mas não era necessário para a salvação. Por isso<br />

foi que os independentes escoceses e ingleses, puritanos estritos, puderam aplicar o<br />

princípio de que os filhos de réprobos notórios não deviam ser batizados (por exemplo,

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