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in Government, Filadélfia, 1902.<br />
288.[ Citada por Southey, Life of Wesley, cap. XXIX. Devo essa referência — eu não a<br />
conhecia — a uma carta do prof. Ashley (1913). Ernst Troeltsch (a quem a comuniquei<br />
com esse propósito) já teve oportunidade de citá-la.] {N.E.: A presente tradução se fez do<br />
inglês, a partir da reprodução que Talcott Parsons nos oferece dessa passagem em sua<br />
célebre tradução da edição de 1920 deste estudo de <strong>Weber</strong>: The Protestant Ethic and the<br />
Spirit of Capitalism, cap. V, nota 95, p. 280 (HarperCollins Academic, 1930). Parsons<br />
reproduz essa citação a partir da 2 a edição americana da obra de Southey sobre a vida de<br />
Wesley, p. 308.}<br />
289. [A leitura dessa passagem se recomenda a todos aqueles que hoje pretendem<br />
estar mais bem informados nesse assunto e conhecê-lo melhor do que os líderes e<br />
contemporâneos dos próprios movimentos, os quais, como se vê, sabiam muito bem dos<br />
riscos que corriam naquilo que faziam. É inadmissível contestar assim, de forma tão<br />
leviana como infelizmente anda ocorrendo com alguns dos meus críticos, fatos<br />
francamente incontestáveis e que ninguém até agora contestou, cujas forças motrizes<br />
internas eu me limitei a investigar um pouco mais. Ninguém no século XVII pôs em<br />
dúvida essas conexões (cf. ainda Manley, Usury of 6% examined, 1669, p. 137). Além dos<br />
escritores modernos já citados, poetas como Heine e Keats trataram-nas como<br />
autoevidentes, do mesmo modo que representantes da ciência como Macaulay,<br />
Cunningham e Rogers ou escritores como Mathew Arnold. Da literatura mais recente,<br />
ver Ashley, Birmingham Industry and Commerce (1913), que tempos atrás me manifestou<br />
por carta sua plena concordância. Sobre o problema como um todo, ver o artigo recente<br />
de H. Levy referido na nota 284.]<br />
290. [Que exatamente as mesmas conexões já fossem autoevidentes aos puritanos da<br />
época clássica, talvez nada o prove de maneira mais clara do que o fato de Mr. Money-<br />
Love, um personagem de Bunyan, argumentar assim: “É lícito a um homem tornar-se<br />
religioso para se tornar rico, por exemplo para multiplicar o número de fregueses”, já que<br />
a razão pela qual alguém se torna religioso é indiferente (p. 114 da edição de<br />
Tauschnitz).]<br />
291. Defoe era um fervoroso não conformista.<br />
292. Também Spener considera, é verdade, que a profissão de comerciante está repleta<br />
de tentações e ciladas, mas esclarece quando interpelado: “Agrada-me ver que, no<br />
tocante à atividade comercial propriamente dita, meu caro amigo não conhece<br />
escrúpulos, mas a reconhece como ela de fato é: um modo de vida com o qual muito se<br />
serve ao gênero humano e no qual, portanto, se pratica o amor segundo a vontade de<br />
Deus” (Theologische Bedenken, op. cit., pp. 426 ss., 429, 432 ss.). Para justificar isso ainda<br />
mais, em diversas outras passagens Spener vai recorrer a argumentos mercantilistas. Se<br />
de vez em quando Spener, bem ao modo luterano, designa a ânsia de enriquecer nos<br />
termos de 1Tim 6, 8-9 e do Eclesiástico — ver acima! — como a principal cilada da qual<br />
devemos nos livrar impreterivelmente e adota a “posição pró-alimentação” (Theologische<br />
Bedenken, vol. III, p. 435 supra), por outro lado ele torna a mitigar essa postura, citando<br />
os membros da seita que levavam vida próspera e no entanto piedosa (p. 175, A.4). Se a