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A Etica Protestante E o Espirit - Max Weber

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huguenote” era, no século XVII, uma locução tão proverbial como a retidão dos<br />

holandeses, que Sir W. Temple tanto admirava, e — um século mais tarde — a dos<br />

ingleses, comparados aos continentais que não haviam frequentado essa escola de ética.]<br />

303. Bem analisado no Goethe de Bielschowsky, vol. II, cap. XVIII. — A propósito do<br />

desenvolvimento do “cosmos” científico, Windelband, por exemplo, expressou ideia<br />

aparentada na conclusão de seu Blütezeit der deutschen Philosophie (vol. II da Geschichte<br />

der neueren Philosophie).<br />

304. Saints’ Everlasting Rest, cap. XII.<br />

305. “Mas com seus 75 mil dólares por ano o velho não podia se aposentar? — Não!<br />

ainda precisa alargar a fachada do armazém em quatrocentos pés. — Por quê? — That<br />

beats everything, diz ele. De noite, quando a mulher e as filhas fazem a leitura comum, ele<br />

almeja ir o quanto antes para a cama; no domingo, consulta o relógio a cada cinco<br />

minutos para ver se o dia de descanso acaba logo: que vida mais perdida!” — é desse<br />

modo que o genro (imigrado [da Alemanha]) do principal cerealista de uma cidade de<br />

Ohio resumia a impressão que tinha do sogro: um juízo que o “velho” por sua vez teria<br />

sem dúvida considerado totalmente incompreensível e lhe teria parecido um sintoma da<br />

falta de energia dos alemães.<br />

306. [Por si só essa observação (reproduzida agora sem alterações) teria podido<br />

mostrar a Brentano (op. cit.) que jamais duvidei da significação autônoma do<br />

racionalismo humanista. Recentemente nos Abhandlungen der Münchener Akademie der<br />

Wissenschaften, 1919, Borinski tornou a sublinhar com energia que o humanismo não<br />

era puro “racionalismo”.]<br />

307. [O discurso acadêmico de von Below, Die Ursachen der Reformation (Freiburg,<br />

1916), não se ocupa desse problema, mas do problema da Reforma em geral,<br />

principalmente de Lutero. A respeito do tema aqui tratado, sobretudo as controvérsias<br />

que se prendem a este estudo, resta indicar finalmente o escrito de von Hermelink,<br />

Reformation und Gegenreformation, que entretanto se dedica em primeiro lugar a outros<br />

problemas.]<br />

308. Pois o presente esboço levou em consideração apenas as relações nas quais é<br />

realmente indubitável um influxo de conteúdos de consciência religiosos sobre a vida<br />

cultural “material”. Fácil teria sido procederr a uma “construção” formal que deduzisse<br />

logicamente do racionalismo protestante tudo o que é “característico” da cultura<br />

moderna. Mas coisa desse gênero é melhor que se deixe àquele tipo de diletantes que<br />

creem na “unitariedade” da “psique social” e em sua redutibilidade a uma fórmula. —<br />

Limitamo-nos a notar que o período do desenvolvimento capitalista que antecede este<br />

que é estudado aqui foi condicionado em seu todo por influências cristãs, é claro, tanto as<br />

que o entravaram quanto as que o fomentaram. De que espécie eram elas, isso lá são<br />

coisas para um outro capítulo. Aliás, nada garante que este ou aquele aspecto dos<br />

problemas mais amplos esboçados anteriormente possa vir a ser discutido no âmbito<br />

desta revista, tendo em vista a missão circunscrita a que ela se propõe. Também não sou<br />

muito afeito a escrever livros mais grossos, desses que precisam se apoiar fartamente em<br />

trabalhos alheios (teológicos e históricos), como seria o caso aqui. [(Deixo inalteradas

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