Brasil Final Report - Department of Physics - The Ohio State University
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DIRETRIZES CURRICULARES PARA A FORMAÇÃO DE FÍSICOS E PROFESSORES DE<br />
FÍSICA NO BRASIL<br />
Introdução<br />
Marco Antonio Moreira 18<br />
Instituto de Física da UFRGS, <strong>Brasil</strong><br />
moreira@if.ufrgs.br<br />
José David M. Vianna 19<br />
Instituto de Física da UFBA e UnB, <strong>Brasil</strong><br />
david@ufba.br<br />
Fernando Cerdeira 20<br />
Instituto de Física da UNICAMP, <strong>Brasil</strong><br />
fernando@ifi.unicamp.br<br />
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação <strong>Brasil</strong>eira (LDB), de 20 de dezembro de 1996, diz<br />
em seu Artigo 53, item II, que as universidades, no exercício de sua autonomia, têm assegurada a<br />
atribuição de fixar os currículos de seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais<br />
pertinentes. Isso significa, na prática, que desde 1997 não há mais “currículo mínimo”, i.e., conjunto<br />
mínimo de disciplinas, com respectivos programas e carga horária. O chamado “currículo mínimo”<br />
foi substituído pelas denominadas “diretrizes curriculares” de modo a dar às universidades maior<br />
liberdade na organização de seus cursos de graduação.<br />
Estando a lei em vigor, o Ministério da Educação do <strong>Brasil</strong> constituiu comissões de<br />
especialistas, nas mais diversas áreas, para elaborar as diretrizes curriculares para todos os cursos de<br />
graduação <strong>of</strong>erecidos pelas universidades brasileiras.<br />
No caso da Física, a comissão de especialistas esteve constituída pelos autores desta<br />
apresentação. Esta comissão trabalhou durante vários meses na elaboração de diretrizes curriculares<br />
para os cursos de graduação em Física no <strong>Brasil</strong>, tendo recebido propostas de todas as mais<br />
importantes universidades nacionais e discutido devidamente o assunto com a comunidade acadêmica<br />
brasileira envolvida na formação de físicos e pr<strong>of</strong>essores de Física, em uma reunião promovida pela<br />
Sociedade <strong>Brasil</strong>eira de Física em São Paulo, em novembro de 1998, e no XIII Simpósio Nacional de<br />
Ensino de Física, em Brasília, em janeiro de 1999.<br />
As diretrizes curriculares resultantes deste trabalho, apresentadas a seguir, estão atualmente<br />
em apreciação no Conselho Nacional de Educação. Se aprovadas, servirão de referencial para os<br />
currículos de todos os cursos de graduação em Física no <strong>Brasil</strong>. No entanto, mesmo que não venham<br />
a ser aprovadas exatamente como estão, tais diretrizes curriculares, por serem produto de toda uma<br />
comunidade, certamente orientarão iniciativas que busquem formar físicos e pr<strong>of</strong>essores de Física<br />
com perfis condizentes com as características da sociedade contemporânea. Nesse sentido, tais<br />
18<br />
Pr<strong>of</strong>essor de Física e pesquisador em Ensino de Física, membro da Comissão de Especialistas de Ensino do<br />
Ministério da Educação – <strong>Brasil</strong>, 1997 a 1999.<br />
19<br />
Pr<strong>of</strong>essor de Física e pesquisador em Física Teórica, membro da Comissão de Especialistas de Ensino do Ministério<br />
da Eduacação – <strong>Brasil</strong>, 1998 e 1999.<br />
20<br />
Pr<strong>of</strong>essor de Física e pesquisador em Física Experimental, membro da Comissão de Especialistas de Ensino do