Brasil Final Report - Department of Physics - The Ohio State University
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♦ chamar a atenção para o papel de idéias metafísicas (e teológicas) no desenvolvimento de<br />
teorias científicas mais antigas;<br />
♦ contribuir para um melhor entendimento das relações da ciência com a tecnologia, a<br />
cultura e a sociedade;<br />
♦ tornar as aulas de ciência (e de física) mais desafiadoras e reflexivas, permitindo, deste<br />
modo, o desenvolvimento do pensamento crítico;<br />
♦ propiciar o aparecimento de novas maneiras de ensinar certos conteúdos;<br />
♦ melhorar o relacionamento pr<strong>of</strong>essor-aluno;<br />
♦ levar o aluno a se interessar mais pelo ensino da física.<br />
Mas... como organizar a apresentação? Esta questão foi respondida pelos próprios alunos,<br />
com criatividade e originalidade.<br />
A solução, engenhosa, criativa!<br />
A forma de apresentação escolhida pelos estudantes foi a do debate mediado. Sentados em<br />
torno de uma mesa, Rodrigo, Yuri e Fernanda, representando os papéis de um pr<strong>of</strong>essor pesquisador<br />
em física (Contra 1), de um pr<strong>of</strong>essor do ensino médio (Contra 2) e de um pr<strong>of</strong>essor pesquisador em<br />
ensino de física (Favorável). Em pé, um pouco afastada e ao lado de um retroprojetor, Edna, com a<br />
função de dar início as atividades e de fazer comentários adicionais ao debate.<br />
Os alunos criaram uma atmosfera bastante agradável para o desenvolvimento dos trabalhos,<br />
que despertaram o interesse e a atenção dos presentes, como pude testemunhar, sendo um dos<br />
assistentes. Sobre a mesa onde se processavam as discussões pendia verticalmente uma pequena<br />
lâmpada, que se apagava quando a apresentadora entrava em cena, de modo a deslocar para ela o<br />
foco das atenções. As demais luzes da sala permaneceram desligadas.<br />
Cada uma das intervenções ocorreu na forma de leitura, de acordo com um roteiro bem<br />
estruturado. As falas procuraram exprimir o que as linhas sugeriam: discordância, perplexidade,<br />
dúvida, convicção...<br />
A seguir, reproduzo o debate em sua íntegra e a essência da mediação da apresentadora, que<br />
abre os trabalhos com uma transparência que mostra a presença da história da física entre os<br />
conteúdos selecionados para o Exame Nacional dos Cursos de Física/Licenciatura. Continuando,<br />
afirma que, mesmo sem ser consenso entre os pr<strong>of</strong>essores (que conhecem o assunto), é crescente o<br />
interesse que a história da ciência vem despertanto junto ao ensino e que ela pode se constituir em<br />
uma importante ‘ferramenta’ para lidar com muitos de seus problemas. O retroprojetor é desligado,<br />
e o debate começa.<br />
Contra1: Esse discurso de ensinar HF é muito bonito, mas minha pergunta é: que história<br />
que você vai ler? Porque não sei se você esta ciente, mas nós podemos ter mais de uma versão de<br />
um fato histórico. Exemplo: a história de uma guerra geralmente é contada do ponto de vista do<br />
vencedor. Será que a HC corre o risco de ser contada sob o ponto de vista do paradigma vigente?<br />
Favorável: Na minha opinião, não me preocuparia com que história, porque as leituras