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Brasil Final Report - Department of Physics - The Ohio State University

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transposição das diretrizes da política educacional para a realidade de cada escola merece um estudo<br />

particular, pois ela apresenta, entre os dois pólos – o que legislador propões e o que a unidade<br />

escolar entende -, uma distância maior do que a transposição didática, entre as descobertas e<br />

sistematizações científicas e o livro didático.<br />

Os resultados que temos obtidos nas pesquisas que estudam as intervenções nas Escolas<br />

Públicas e que tem por base as investigações no ensino de física, podem se modificar<br />

completamente pois, alguns elementos fundamentais do ensino em sala de aula, estão em plena<br />

mudança, como por exemplo:<br />

1 - o pr<strong>of</strong>essor: A formação dos pr<strong>of</strong>essores, tanto a inicial como a permanente está<br />

mudando completamente, e em sentidos opostos. Para a inicial a proposta é de curso não<br />

universitário (Como serão os pr<strong>of</strong>essores a serem formados pelos novos Institutos de Formação<br />

Docentes?) e para a formação continuada é de curso pr<strong>of</strong>issionalizante em nível de pós-graduação<br />

(Esses cursos poderão incluir pr<strong>of</strong>essores formados em nível terciários?). Como estará nossas<br />

Escolas Públicas daqui alguns anos? Tenho receio de que para elas se dirijam os pr<strong>of</strong>essores<br />

formados nos IFD e aqueles provenientes das universidades e com pós-graduação em Ensino de<br />

Física se dirijam às escolas particulares apr<strong>of</strong>undado, ainda mais, a diferença social em nosso país.<br />

2 – o número de aulas de física. As novas legislações que dão origem à novas diretrizes das<br />

secretarias de educação estaduais tem levado a um inchaço no currículo das escolas médias. Além<br />

disso, algumas interpretações do significado do conceito de “área” introduzido pelos Parâmetros<br />

Curriculares tem acarretado uma diminuição expressiva do número de aulas de física. Encontramos,<br />

muito freqüentemente em São Paulo, escolas estaduais com apenas uma aula por semana (O que os<br />

alunos podem aprender, de uma maneira significativa nesse tempo?).<br />

3 – o conteúdo . Na discussão do projeto pedagógico das escolas dois conceitos estão<br />

bastante confusos e interferem no planejamento das disciplinas, aonde se inclui a física: o conceito<br />

de interdisciplinaridade e o de integração com a realidade do aluno. Essas são influências vindas<br />

dos Parâmetros Curriculares e que precisamos em conjunto discutir com pr<strong>of</strong>undidade para dar<br />

diretrizes mais claras aos formadores de pr<strong>of</strong>essores, pois hoje está se exigindo que os pr<strong>of</strong>essores<br />

ensinem conteúdos nos cursos fundamental e médio que eles nunca estudaram e que não é ensinado<br />

nem no melhor curso universitário.<br />

A melhoria do ensino de física só acontecerá se existir uma plena união de esforços entre<br />

todos os seguimentos – pr<strong>of</strong>essores do ensino fundamental e médio, do ensino universitário e/ou<br />

aqueles que serão os formadores dos futuros pr<strong>of</strong>essores e os pesquisadores em ensino de física –<br />

sem preconceitos e arrogâncias visando discutir os principais problemas deste ensino.

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