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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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ver o reino de Deus, muito menos adentrar nele. Uma pessoa inculta pode olhar para uma linda obra de<br />

arte como um mero objeto, sem contudo poder apreciar a sua excelência. Ele pode ver figuras numa<br />

equação matemática complexa, mas estas figuras terão nenhum significado para ele. Cavalos e bois<br />

podem são capazes de enxergar o mesmo maravilhoso por do sol, ou qualquer outro fenômeno da<br />

natureza que o homem vê, mas no entanto são cegos quanto à beleza artística dos mesmos. Assim é<br />

quando o Evangelho da cruz é apresentado para aquela pessoa ainda não resgatada. Ela pode ter um<br />

conhecimento intelectual dos fatos e das doutrinas da Bíblia, mas não terá todo o discernimento<br />

espiritual da excelência daqueles fatos e doutrinas, e não encontrará nenhum contentamento ou alegria<br />

neles. O mesmo Cristo é, para alguns, sem a forma ou a beleza e santidade para que O desejassem; para<br />

outros, Ele é o Príncipe da vida e o Salvador do mundo, Deus manifesto na carne, a quem é impossível<br />

não adorar, amar e obedecer.<br />

Esta depravação total (incapacidade total), contudo, advém não meramente de uma natureza moral<br />

pervertida, mas também da ignorância. Paulo escreveu que os gentios “...que não mais andeis como<br />

também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento,<br />

alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração,”[Efésios<br />

4:17,18]. E antes disso, havia escrito, “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem,<br />

mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”[I Coríntios 1:18]. Quando ele escreveu das coisas que<br />

“...Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem<br />

preparado para aqueles que o amam.” ele fez referência, não às glórias do estado celestial como<br />

comumente suposto, mas às realidades espirituais nesta vida, as quais não podem ser vistas por uma<br />

mente ainda não resgatada, como é plenamente apresentado no verso seguinte: “Mas Deus no-lo revelou<br />

pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.” [I<br />

Coríntios 2:9,10]. Numa ocasião Jesus disse, “...Ninguém conhece o filho, senão o Pai; e ninguém<br />

conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o filho o quiser revelar.”[Mateus 11:27]. Neste versículo<br />

nós somos plenamente advertidos que o homem em sua natureza não resgatada, não iluminada, não<br />

conhece a Deus em nenhum sentido que valha o nome, e que o Filho é soberano para escolher quem<br />

deverá adentrar a este salvador conhecimento de Deus.<br />

O homem caído tem falta do poder espiritual do discernimento. Sua razão ou compreensão é cega, e o<br />

gosto e sentidos são pervertidos. E desde que este estado de memória é inato, como uma condição da<br />

natureza do homem, está além do poder da vontade de muda-lo. Antes, controla ambos, as afeições e as<br />

vontades. O efeito da regeneração é claramente ensinado na divina comissão que Paulo recebeu quando<br />

de sua conversão, momento em que a ele foi dito que ele estaria sendo enviado aos gentios “para lhe<br />

abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus,...”[Atos<br />

26:18]<br />

Jesus ensinou a mesma verdade sob um figuração diferente, quando ele disse aos Fariseus, “Qual a razão<br />

por que não compreendeis a minha linguagem? È porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós<br />

sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. ...”[João 8:43,44]. Eles não podiam<br />

compreender, nem mesmo ouvir as Suas palavras em qualquer maneira inteligente. Para eles, as Suas<br />

palavras eram somente tolices, loucuras; e eles O acusaram de estar possuído pelo demônio (vv 48, 52).<br />

Somente os Seus discípulos podiam saber a verdade (vv 31,32); os fariseus eram crianças do Diabo (vv<br />

42,44) e conservos do pecado (v 34), embora pensassem ser livres (v 33).<br />

Em outra ocasião, Jesus ensinou que uma árvore boa não poderia dar frutos ruins, nem tampouco uma<br />

árvore ruim poderia dar frutos bons. E que nesta similaridade árvores representam homens bons e maus,<br />

o que significa senão que uma classe de homens é governada por um conjunto de princípios básico,<br />

enquanto outra classe é governada por outro conjunto? Os frutos desses dois tipos de árvores são os atos,

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