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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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Quando Paulo foi proibido pelo Espírito Santo de pregar o Evangelho na província da Ásia, e lhe foi<br />

dada a visão de um homem na Europa clamando através das águas, “Venha até a Macedônia e ajudenos”,<br />

uma seção do mundo foi soberanamente excluída dos privilégios do Evangelho, enquanto que a<br />

outra seção os mesmos privilégios foram soberanamente dados. Tivesse a chamada divinamente<br />

direcionada sido feita mais para a Índia, a Europa e a América poderiam ser hoje menos civilizadas que<br />

os nativos do Tibete. Foi a escolha soberana de Deus que trouxe o Evangelho aos povos da Europa e<br />

mais tarde da América, enquanto que os povos do leste, e norte, e sul foram deixados em trevas. Nós não<br />

podemos assinalar razão alguma, por exemplo, por que deveriam ter sido escolhidos os povos da<br />

semente de Abraão, e não a semente dos Egípcios ou dos Assírios; ou por que a Grã Bretanha e a<br />

América, que à época do aparecimento de Cristo na Terra encontravam-se num estado de tão completa<br />

ignorância, deveriam atualmente possuir tão abundantemente para si mesmas, e disseminarem tão<br />

grandemente para outros, tão importantes privilégios espirituais. As diversificações relacionadas aos<br />

privilégios religiosos em diferentes nações não podem ser atribuídas a nada mais que o prazer de Deus.<br />

Uma terceira forma de eleição ensinada na Bíblia é a de indivíduos no sentido externo da graça, tais<br />

como a audição e a leitura do Evangelho, associação com o povo de Deus, e compartilhar os benefícios<br />

da civilização que floresceu onde esteve o Evangelho. Ninguém jamais teve a chance de dizer em que<br />

época em particular na história do mundo, ou em que país, alguém teria nascido, se seria ou não um<br />

membro da raça branca, ou alguma outra. Uma criança nasce com saúde, abundância, e honra num lugar<br />

favorecido, num lar Cristão, e cresce com todas as bênçãos que acompanham a plenitude do Evangelho.<br />

Uma outra criança nasce na pobreza e na desonra de pais separados e cheios de pecado, e destituída das<br />

influências Cristãs. Todas estas coisas são soberanamente decididas por elas (as crianças). Certamente<br />

nenhum insistiria que a criança favorecida tenha qualquer mérito que pudesse ser motivo para tal<br />

diferença. Além do mais, não foi de Deus próprio a escolha da criação de seres humanos, à Sua própria<br />

imagem, quando Ele poderia haver criado-nos gado, ou cavalos, ou cachorros? Ou quem permitiria aos<br />

idiotas blasfemar contra Deus por sua condição de vida, como se a distinção fosse injusta? Todas estas<br />

coisas são devidas à providência de Deus, que prevalece. “Os Arminianos têm batalhado para reconciliar<br />

tudo isto, na verdade, com seus pontos de vista errôneos e defeituosos quanto a soberania Divina, e com<br />

suas doutrinas não Bíblicas da graça universal e da redenção universal; mas eles usualmente não se<br />

satisfazem com suas próprias tentativas de explicar, e têm comumente no mínimo admitido, que houve<br />

mistérios neste assunto, os quais não poderiam ser explicados, e os quais devem ser resolvidos na<br />

soberania de Deus e na inescrutabilidade dos Seus conselhos.” 5<br />

Talvez nós possamos mencionar um quarto tipo de eleição, a de indivíduos com certas vocações, –– os<br />

dons de talentos especiais que fazem com que uma pessoa venha a tornar-se um estadista, que outra<br />

venha a ser um doutor, ou advogado, ou fazendeiro, ou músico, ou artesão; dons de beleza pessoal,<br />

inteligência, disposição, etc. Estes quatro tipos de eleição são, em princípio, o mesmo. Os Arminianos<br />

não têm dificuldade em admitir o segundo, o terceiro e o quarto tipo de eleição, enquanto que negam o<br />

primeiro. Em cada instância Deus dá a alguns o que ele retém de outros. Tanto nossa experiência na vida<br />

diária como condições amiúde no mundo nos mostram que as bênçãos dispensadas são soberanas e<br />

incondicionais, sem qualquer relação com o mérito ou a ação por parte daqueles que são escolhidos. Se<br />

somos altamente favorecidos, podemos somente ser gratos por Suas bênçãos; se não altamente<br />

favorecidos, não temos razão nenhuma para reclamar. Por que precisamente este ou aquele é colocado<br />

em circunstâncias que levam à fé salvadora, enquanto que outros não são também colocados, é de fato<br />

um mistério. Não podemos explicar as obras da Providência; mas sabemos que o Juiz de toda a terra fará<br />

o certo, e que quando nos ativermos ao perfeito conhecimento, veremos que ele tem razões suficientes<br />

para todos os Seus atos.

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