A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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Temos aqui um retrato vívido de uma vitória completa, uma conquista por inteiro; e o cenário de guerra<br />
e batalha é usado para dar vida a tal retrato. Este é o símbolo. O que está simbolizado é obviamente a<br />
vitória completa do Filho de Deus sobre todas as hostes de perversos. Somente um único traço deste<br />
significado é proporcionado pela linguagem descritiva, mas é o bastante. Em duas ocasiões somos<br />
cuidadosamente informados que a através da qual a vitória é conquistada procede da boca do<br />
conquistador (versículos 15 e 21). Não devemos pensar, enquanto lemos, num combate manual ou numa<br />
guerra literal, portanto; a conquista é alcançada pela palavra falada –– em resumo, pela pregação do<br />
Evangelho. Ou seja, temos diante de nós uma figura da carreira vitoriosa do Evangelho de Cristo no<br />
mundo. Todo imaginativo da batalha ferrenha e seus detalhes sangrentos são mostrados para dar-nos a<br />
impressão exata de quão completa é a vitória. O Evangelho de Cristo vai conquistar a terra; Ele vencerá<br />
a todos os Seus inimigos.” 30<br />
Para nós que vivemos entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, é dado a conhecer o palco da batalha.<br />
Não nos é dito, contudo, quanto tempo levará até que seja coroada com a vitória, ou quanto tempo o<br />
mundo convertido esperará a vinda do Senhor. Hoje vivemos num período que é relativamente dourado<br />
se comparado com o primeiro século da era Cristã, e este progresso deve perdurar até que aqueles que<br />
viverem nesta terra presenciem um cumprimento prático da oração, “Venha o Teu reino, seja feira a Tua<br />
vontade assim na terra como no Céu.” Quando temos uma visão mais ampla da maneira graciosa de<br />
Deus lidar com o mundo pecador, vemos também que Ele não distribuiu a graça da Sua eleição com a<br />
mão fechada, mas que o Seu propósito foi o da restauração do mundo todo para Si.<br />
A promessa foi feita a Abraão que a sua posteridade seria uma vasta multidão, –– “que deveras te<br />
abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na<br />
praia do mar ...”[Gênesis 22:17]; “Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se<br />
alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.”[Gênesis 13:16]. E no<br />
Novo Testamento descobrimos que esta promessa refere-se não meramente aos Judeus como um povo<br />
separado, mas que aqueles que são Cristãos estão no mais alto conceito de verdadeiros “filhos de<br />
Abraão”. “Sabeis, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão”; e de novo, “E, se sois de Cristo,<br />
também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.”[Gálatas 3:7, 29].<br />
Isaías declarou que a vontade de Jeová prosperaria nas mãos do Messias, que Ele veria o trabalho penoso<br />
de Sua alma e ficaria satisfeito. E em vista do que Ele sofreu no Calvário nós sabemos que Ele não seria<br />
facilmente satisfeito.<br />
A idéia de que o número dos salvos em muito superará o dos perdidos também é mostrado nos contrastes<br />
encontrados na linguagem das Escrituras. O Céu é uniformemente retratado como o próximo mundo,<br />
como um grande reino, um país, uma cidade, enquanto que por outro lado o inferno é uniformemente<br />
representado como um lugar comparativamente pequeno, uma prisão, um lago (de fogo e enxofre), uma<br />
vala (funda, talvez, mas estreita), (vide Lucas 20:35; I Timóteo 6:17; Apocalipse 21:1, Mateus 5:3;<br />
Hebreus 11:16; I Pedro 3:19; Apocalipse 19:20; 20:10, 14, 15; 21:8-27). Quando os anjos e os santos são<br />
mencionados na Bíblia, é dito estarem em hostes, miríades, uma multidão inumerável, dez mil vezes dez<br />
mil e milhares de milhares mais; mas tais figuras de linguagem não são nunca usadas com relação aos<br />
perdidos, e por contraste o seu número parece ser relativamente insignificante (Lucas 2:13; Isaías 6:3;<br />
Apocalipse 5:11). “O círculo da eleição de Deus,” diz Shedd, “é um grande círculo dos céus e não o de<br />
uma moenda. O reino de Satã é insignificante em contraste com o reino de Cristo. Na imensa amplidão<br />
do domínio de Deus, o bem é a regra, e o mal é a exceção. O pecado é um ponto na brancura da<br />
eternidade; uma mancha no sol. O inferno é somente um canto do universo.”