A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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perdição”, e “pareceu bem a Deus em Sua soberana misericórdia resgatar alguns e deixar outros onde<br />
encontravam-se; elevar alguns para a glória, dando-lhes tal graça quanto os qualificou para recebe-la,<br />
abandonando o resto, de quem ele reteve aquela mesma graça, para o castigo eterno.” 12<br />
A maior dificuldade com a doutrina da Eleição, claro, emerge com relação aos não salvos; e as Escrituras<br />
não nos dão explicação detalhada para a condição e o estado deles. Uma vez que a missão de Jesus no<br />
mundo foi salvar o mundo ao invés de julgá-lo, este aspecto do assunto é chamado menos à atenção.<br />
Em todos os credos Reformados que chegam a lidar com a doutrina da Rejeição, o tema é tratado como<br />
uma parte essencial da doutrina da <strong>Predestinação</strong>. A Confissão de Westminster, depois de apresentar a<br />
doutrina da eleição, acrescenta: “Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele<br />
concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas<br />
criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e<br />
ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus pecados.”[Capítulo III – Dos Eternos Decretos de<br />
Deus – parágrafo VII (referências Mat. 11:25-26; Rom. 9:17-22; II Tim. 2:20; Jud. 4; I Pedro 2:8)].” 13<br />
Aqueles que adotam e sustentam a doutrina da Eleição mas negam a doutrina da Rejeição não podem<br />
alegar consistência. Afirmar a primeira e ao mesmo tempo negar a segunda faz do decreto da<br />
predestinação um decreto ilógico e sem qualquer simetria. O credo que apresenta a Eleição e no entanto<br />
nega a Rejeição se parecerá como uma ave ferida tentando levantar vôo com somente uma asa. No<br />
interesse de um “Calvinismo moderado” alguns tem-se inclinado a abandonar a doutrina da Rejeição, e<br />
este termo (em si mesmo um termo muito inocente) tem sido usado como cunha para ataques injuriosos<br />
contra o Calvinismo puro e simples. “Calvinismo Moderado” é sinônimo Calvinismo doente, e doença,<br />
se não curada, é o princípio do fim.<br />
Comentários de Calvino, Lutero, e Warfield<br />
Calvino não hesitou em basear a rejeição dos perdidos, assim como a eleição dos salvos, no propósito<br />
eterno de Deus. Temos já mencionado-o no sentido de que “nem todos homens são criados com um<br />
destino similar mas a vida eterna é preordenada para alguns, e a danação eterna para outros. Cada<br />
homem, portando, criado para um ou outro destes fins, dizemos, é predestinado seja para a vida ou para a<br />
morte.” 14. Que a segunda alternativa levante problemas que não são fáceis de serem resolvidos, ele<br />
prontamente admite, mas advoga tal como a única explicação inteligente e Bíblica dos fatos.<br />
Lutero também, tão certamente quanto Calvino, atribui a perdição eterna dos perversos, assim como a<br />
salvação eterna dos justos, ao plano de Deus. “Pode muito bem ofender a nossa natureza racional, que<br />
Deus, de Sua própria e imparcial vontade, deixasse alguns homens entregues a si próprios, endurecesseos<br />
e os condenasse; mas Ele demonstra abundante e continuamente, que este é realmente o caso; quer<br />
dizer, que a única razão pela qual alguns são salvos e outros perecem, procede da Sua vontade a salvação<br />
de alguns e a perdição de outros, conforme o que escreveu Paulo, Ele ‘Portanto, tem misericórdia de<br />
quem quer, e a quem quer endurece.’[Romanos 9:18] ” E de novo, “Pode parecer absurdo à sabedoria<br />
humana que Deus devesse endurecer, cegar e entregar alguns homens a um senso corrupto; que Ele<br />
primeiramente os deixasse à mercê do mal, e depois os condenasse por aquele mesmo mal; mas o crente,<br />
o homem espiritual não vê absurdo em tudo isso; sabendo que Deus não seria um mínimo menos bom,<br />
mesmo que Ele destruísse todos os homens.” Lutero segue, então, dizendo que isto não deve ser<br />
compreendido como se Deus encontra homens bons, sábios, obedientes e os transforma em homens<br />
maus, tolos e obtusos, mas que tais homens já são depravados e caídos e que aqueles homens que não<br />
são regenerados, ao invés de tornarem-se melhores sob os comandos e as influências divinos, sua reação<br />
é somente a de piorarem. Referindo-se aos capítulos IX, X e IX da Epístola de Paulo aos Romanos,