A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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serventia para qualquer bom propósito trarão a destruição sobre si mesmos e passarão a eternidade no<br />
inferno, apesar do fato de que o Próprio Deus sinceramente deseja traze-los para o paraíso, e que Deus se<br />
entristecerá para sempre ao ver que eles estão onde Ele não desejava que estivessem. Será que isto não<br />
representa Deus como se agindo muito tolamente, ao trazer sobre Si próprio tal dissatisfação e sobre<br />
algumas de Suas criaturas miséria tal, enquanto Ele poderia, pelo menos, não havê-las criado, já que Ele<br />
mesmo anteviu que estariam perdidas?<br />
Talvez existam alguns que, ao ouvirem sobre a doutrina da <strong>Predestinação</strong>, colocar-se-ão no grupo dos<br />
rejeitados; e estarão inclinados a mergulhar fundo no pecado, com a desculpa de que já estão perdidos,<br />
de qualquer forma. Mas faze-lo é o mesmo que envenenar-se, é atirar-se de volta à Idade das Pedras.<br />
Ninguém tem o direito de julgar-se rejeitado nesta vida, e daí viver em desespero; pois a desobediência<br />
final (o único infalível sinal de rejeição) não pode ser descoberto até o momento da morte. Nenhuma<br />
pessoa não convertida nesta vida sabe ao certo se Deus não irá convertê-la e salvá-la, muito embora ela<br />
esteja ciente de que tal mudança ainda não aconteceu. Assim, ela não tem o direito de numerar-se, de<br />
colocar-se em definitivo no grupo dos não eleitos. Deus não nos disse quem entre os não convertidos ele<br />
ainda tem o propósito de regenerar e salvar. Se qualquer homem sente e ouve os gemidos angustiantes da<br />
sua consciência, estes podem muito bem ser os próprios meios que Deus está usando para chamá-lo.<br />
Utilizamos um espaço considerável para a discussão da doutrina da Rejeição, porque tem sido<br />
impedimento e bloqueio à compreensão para muitos daqueles que rejeitam o sistema teológico<br />
Calvinista. Nós cremos que se esta doutrina puder ser provada Bíblica e razoável, as demais partes do<br />
sistema serão prontamente aceitas.<br />
6. INFRALAPSARIANISMO E SUPRALAPSARIANISMO<br />
Entre aqueles que a si mesmos chamam-se Calvinistas tem freqüentemente havido diferenças de opinião<br />
sobre a ordem dos eventos no plano Divino. A questão aqui é a seguinte, Quando os decretos de eleição<br />
e de rejeição vieram a existir os homens eram considerados como caídos ou como não caídos? Os<br />
objetos desses decretos foram contemplados como membros de uma massa corrupta e pecadora, ou<br />
foram contemplados meramente como homens a quem Deus criaria? De acordo com o ponto de vista do<br />
“infralapsarianismo” a ordem dos eventos foi a seguinte: Deus propôs (1) criar; (2) permitir a queda; (3)<br />
eleger dessa massa de homens caídos uma multidão para a vida eterna e bênçãos; e deixar outros, como<br />
Ele deixou o Diabo e os anjos caídos, para sofrer o justo castigo por seus pecados; (4) dar o Seu Filho,<br />
Jesus Cristo, para a redenção dos eleitos; e (5) enviar o Espírito Santo para aplicar aos eleitos a redenção<br />
que havia sido comprada por Cristo. De acordo com o ponto de vista “supralapsariano” a ordem dos<br />
eventos foi a seguinte: (1) eleger alguns homens ‘criáveis’ (isto é, homens que seriam criados) para a<br />
vida e condenar outros para a destruição; (2) criar; (3) permitir a queda; (4) enviar Cristo para redimir os<br />
eleitos; e (5) enviar o Espírito Santo para aplicar tal redenção aos eleitos. A questão agora é quanto a se a<br />
eleição precede a queda.<br />
Um dos principais motivos no esquema “supralapsariano” é enfatizar a idéia da discriminação e forçar<br />
esta idéia. No veio da natureza do caso, esta idéia não pode ser consistentemente levada a efeito, por<br />
exemplo, na criação, e especialmente na queda. Não foram meramente alguns dos membros da raça<br />
humana que foram objetos do decreto da criação, mas toda a espécie humana, e isto com a mesma<br />
natureza. E não foi meramente a alguns homens, mas toda a raça, a quem foi permitida a queda. O<br />
“supralapsarianismo” vai em frente até o extremo, de um lado, como o faz o “universalismo”, de outro.<br />
Somente o esquema “infralapsariano” é em si consistente com outros fatos.