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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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encontrem satisfação em argumentar a respeito dela. Eles também compreendem que aqui os homens<br />

devem ser particularmente cuidadosos para não serem tentados a serem mais sábios do que o que está<br />

escrito, uma vez que muitos são inclinados a fazerem o que lhes apetece em presunçosas especulações<br />

acerca de assuntos os quais estão muito elevados para eles.<br />

Sem Nenhuma Obrigação de Explicar Todas Estas Coisas<br />

Deve ser relembrado que estamos sob nenhuma obrigação de explicar todos os mistérios relacionados<br />

com estas doutrinas. Estamos somente sob a obrigação de estabelecer o que as Escrituras Sagradas<br />

ensinam com relação a elas, e vindicar tal ensinamento tanto quanto possível, desde as objeções que são<br />

alegadas contra as mesmas. O “Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”[Mateus 11:26, Lucas<br />

10:21], foi, para o nosso Senhor, um testemunho cabal e em si mesmo suficiente da Sua onipotência,<br />

face a todas diversas interações com os homens. A resposta única e suficiente que Paulo dá aos<br />

argumentadores vãos que penetrariam mais fundo nestes mistérios é que eles são resolvidos pela<br />

sabedoria e soberania divinas. Aqui, as palavras de Toplady são apropriadas de uma maneira especial:<br />

“Não digam, portanto, como os opositores dessas doutrinas o fizeram nos dias de Paulo: ‘Por que Deus<br />

acha falta no ímpio? Pois quem é capaz de resistir à Sua vontade? Se Ele, O único que pode converte-lo,<br />

não o faz, que razão há para culpar a eles, que perecem, sabendo ser impossível resistir à vontade do<br />

Onipotente?’ Satisfaçam-se com a resposta de Paulo, ‘Ó homem, quem és tu para replicar contra Deus?’.<br />

O apóstolo centraliza todo o tema, inteiramente, na absoluta soberania de Deus. É ali que ele o deposita;<br />

e é ali que deve permanecer.” 24<br />

O homem não pode mensurar a justiça de Deus através da sua própria compreensão; e a nossa modéstia<br />

deveria ser tal que quando os motivos para alguma das obras de Deus nos for encoberto, nós não<br />

obstante creiamos que Ele é justo. Se qualquer um pensar que esta doutrina representa a Deus com um<br />

Deus injusto, será somente porque ele não se dá conta do que é a doutrina Bíblica do Pecado Original,<br />

nem a que ele está comprometido, por intermédio dela. Deixe que ele pense sobre a existência de um<br />

motivo doentio, real, antecedente ao pecado real; e a condenação lhe parecerá justa e natural. <strong>Da</strong>do o<br />

primeiro passo, o segundo não apresentará realmente nenhuma dificuldade.<br />

É difícil compreendermos que muitos daqueles bem à nossa volta (em alguns casos nossos amigos<br />

chegados e mesmo parentes) estão provavelmente preordenados ao castigo eterno; e tanto quanto nos<br />

damos conta disso ficamos inclinados a nutrir certa simpatia por eles. Todavia, quando vista à luz da<br />

eternidade essa nossa simpatia pelos perdidos provará ter sido um sentimento não merecido e mal<br />

colocado. Aqueles que estão fatalmente perdidos serão então vistos como eles realmente são, inimigos<br />

de Deus, inimigos de toda a justiça, e amantes do pecado, sem qualquer desejo de salvação ou da<br />

presença do Senhor. Podemos ainda acrescentar que, desde que Deus é perfeitamente justo, ninguém será<br />

mandado para o inferno exceto aqueles que para lá merecem ir; e quando virmos seus reais caracteres,<br />

estaremos satisfeitos com o que Deus fez.<br />

A bem da verdade, os Arminianos não se safam de nenhuma dificuldade neste ponto. Pois desde que eles<br />

admitem que Deus tem o pré conhecimento de todas as coisas eles devem explicar por que Ele cria<br />

aqueles que ele ante vê que viverão vidas pecaminosas, rejeitarão o Evangelho, morrerão impenitentes, e<br />

sofrerão eternamente no inferno. Os Arminianos realmente têm um problema mais difícil do que os<br />

Calvinistas agora; pois os Calvinistas mantém que aqueles a quem Deus assim cria, sabendo que estarão<br />

perdidos, são os não eleitos que voluntariamente escolhem o pecado e em cujo merecido castigo Deus<br />

determina a manifestação da Sua justiça, enquanto que os Arminianos devem dizer que Deus<br />

deliberadamente cria aqueles a quem ele ante vê que serão criaturas pobres, tão miseráveis que sem

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