A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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elação a ela. Esta ignorância não é de fato surpreendente quando considerando a quase mais completa<br />
falta de treinamento Bíblico nos nossos dias. Um estudo meticuloso da Bíblia convenceria muitas<br />
pessoas de que ela é um livro muito diferente do que assumem que seja. A tremenda influência que esta<br />
doutrina tem exercido na história da Europa e da América deveria pelo menos qualificá-la a uma atenção<br />
mais respeitosa. Além do mais, consideramos que de acordo com todas as leis da lógica e da razão,<br />
nenhum indivíduo tem o direito de negar a verdade de uma doutrina sem primeiro haver estudado de<br />
forma imparcial a evidência de ambos lados. Esta é uma doutrina que lida com algumas das mais<br />
profundas verdades reveladas nas Escrituras e é certo que abundantemente beneficiará os Cristão que<br />
minuciosamente a estudarem. Se alguém estiver disposto a rejeitá-la sem antes estudá-la cuidadosamente<br />
seus preceitos, então não devemos nos esquecer que ela foi o cerne da firme convicção de multidões dos<br />
mais sábios e melhores homens que já viveram, e que deve haver, portanto, fortes motivos favoráveis à<br />
sua verdade.<br />
Talvez algumas palavras de cuidado devessem ser dadas aqui, no sentido de que enquanto a doutrina da<br />
<strong>Predestinação</strong> é uma verdade grande e abençoada das Escrituras e uma doutrina fundamental de várias<br />
<strong>igreja</strong>s, ela não deve ser encarada como sendo o cerne e a substância da Fé <strong>Reformada</strong>. Como o Dr<br />
Kuyper disse, “É um erro descobrir o caráter específico do Calvinismo na doutrina da <strong>Predestinação</strong>, ou<br />
na autoridade da Bíblia. Para o Calvinismo tudo isso é conseqüência lógica, não o ponto de partida —as<br />
folhagens testemunham a beleza e a riqueza do seu crescimento, mas não a raiz de onde brotou.” Se a<br />
doutrina for separada da sua associação natural com outras verdades e exibida sozinha, o efeito é<br />
exagerado. O sistema então estará distorcido e mal interpretado. Um testemunho de qualquer princípio,<br />
para ser verdadeiro, deve apresentar (aquele princípio) em harmonia com todos os demais elementos dos<br />
sistema do qual ele faz parte. A Confissão de Fé de Westminster é um testemunho equilibrado deste<br />
sistema como um todo, e dá a devida proeminência àquelas doutrinas, tais como a da Trindade, a da<br />
Divindade de Cristo, a da personalidade do Espírito Santo, a da Inspiração das Escrituras, a dos<br />
Milagres, a da Reconciliação, a da Ressurreição, a da volta de Cristo, e assim por diante. Ademais, nós<br />
não negamos que os Arminianos sustentam muitas verdades importantes. Mas nós sustentamos que uma<br />
exposição completa e detalhada do sistema Cristão pode ser dada somente com base na verdade<br />
apresentada pelo sistema Calvinista.<br />
Na mente da maioria das pessoas a teoria da <strong>Predestinação</strong> e o Calvinismo são praticamente sinônimos.<br />
Contudo, não deveria ser este o caso, e a identificação muito próxima dos dois sem dúvida contribuiu<br />
grandemente para o preconceito de muitas pessoas contra o indubitavelmente tem contribuído muito para<br />
o preconceito de muitas pessoas contra o sistema Calvinista. O mesmo é verdadeiro também com relação<br />
a uma mui próxima identificação do Calvinismo e “Os Cinco Pontos”, como será mostrado adiante.<br />
Enquanto a <strong>Predestinação</strong> e Os Cinco Pontos são elementos essenciais do Calvinismo, eles de forma<br />
alguma constituem a sua íntegra.<br />
A doutrina da <strong>Predestinação</strong> tem sido o tema de discussões infindáveis, muitas das quais, é preciso<br />
admitir, ocorreram com o intuito de suavizar suas formas ou mesmo de explicá-la. “A consideração desta<br />
grande doutrina,” diz Cunningham, “atinge os mais profundos e inacessíveis assuntos que podem ocupar<br />
as mentes dos homens, — a natureza e os atributos, os propósitos e os atos do infinito e incompreensível<br />
Jeová, — vista especialmente nos seus comportamentos quanto aos destinos eternos das Suas criaturas<br />
inteligentes. A natureza peculiar do assunto certamente requer, com justa razão, que deva ser sempre<br />
abordada com a mais profunda humildade, cautela e reverência, já que ela nos põe em contato, por um<br />
lado, com um assunto tão terrível e avassalador quanto a eterna miséria de uma multidão inumerável de<br />
nossos semelhantes. Muitos homens têm discutido o assunto nesse espírito, mas muitos também têm se<br />
satisfeito com especulação muito presunçosa e irreverente sobre o tema. Não há provavelmente nenhum<br />
outro assunto que tenha ocupado mais a atenção de homens inteligentes em qualquer época que a