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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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Deus –– Ele simplesmente permite que alguns homens sigam os impulsos de maldade que já estão nos<br />

seus corações, de modo que, como resultado das suas próprias escolhas, eles se tornem mais e mais<br />

“calejados” e obstinados. E enquanto é dito, por exemplo, que Deus endureceu o coração do Faraó,<br />

também é dito que o Faraó endureceu o seu próprio coração (compare em Êxodo 8:15; 8:32, 9:34). Uma<br />

descrição é dada a partir do ponto de vista divino, a outra é fornecida a partir do ponto de vista humano.<br />

Em última instância Deus é responsável pelo endurecimento do coração, tanto quanto Ele é quem<br />

permite que isto ocorra, e o escritor inspirado, em linguagem gráfica simplesmente diz que Deus o faz;<br />

mas nunca devemos nós entender que Deus seja a causa imediata e eficiente.<br />

Embora esta doutrina seja difícil, ela é, não obstante, Bíblica. E desde que ela é tão plenamente ensinada<br />

nas Escrituras, nós não podemos assinalar nenhuma outra razão para a oposição que ela tem enfrentado,<br />

a não ser a pura ignorância e o preconceito irracional com que as mentes dos homens têm sido cheias<br />

quando eles se propõem a estudá-la. Quão aplicáveis aqui são as palavras de Rice: –– “Que felicidade<br />

seria para a Igreja de Cristo e para o mundo, se os ministros Cristãos e o povo Cristão se contentassem<br />

em serem discípulos, –– APRENDIZES; se, conscientes das suas faculdades limitadas, da sua<br />

ignorância quanto às coisas divinas, e da sua inclinação para o erro através da sua depravação e do seu<br />

preconceito, eles poderiam ser induzidos a sentarem-se aos pés de Jesus e aprender dEle. A Igreja tem<br />

sido corrompida e amaldiçoada em quase todas as eras pela indevida confiança dos homens no seu<br />

próprio poder de raciocínio. Eles têm se proposto a pronunciarem-se sobre a racionabilidade ou a<br />

irracionabilidade de doutrinas infinitamente acima da sua razão, as quais são necessariamente matéria de<br />

pura revelação. Na sua presunção eles têm tentado compreender ‘as profundezas de Deus’ e têm<br />

interpretado as Escrituras, não conforme o seu sentido óbvio, mas conforme as decisões da razão finita.”<br />

E ele diz novamente, “Ninguém nunca estudou as obras da Natureza ou o Livro do Apocalipse sem<br />

encontrar-se rodeado por todos os lados por dificuldades, por enigmas que ele não poderia solucionar. O<br />

filósofo é obrigado a satisfazer-se com fatos; e o teólogo deve contentar-se com as declarações de<br />

Deus.”18<br />

É estranho afirmar que, muitos daqueles que insistem que quando o povo passa a estudar a doutrina da<br />

Trindade eles devem colocar de lado quaisquer noções pré concebidas e apoiar-se somente na razão<br />

humana, sem ajuda, para decidir o que pode e o que não pode ser verdade acerca de Deus, e quem insiste<br />

que as Escrituras devem ser aceitas aqui como guia autoritativo e inquestionável, não estão na realidade<br />

dispostos a seguir aqueles regras no estudo da doutrina da predestinação.<br />

A doutrina da rejeição é Baseada na <strong>Doutrina</strong> do Pecado Original; Nenhuma Injustiça é Feita aos Não<br />

Eleitos.<br />

É óbvio que esta parte da doutrina da <strong>Predestinação</strong>, que afirma que Deus tem, por um decreto eterno e<br />

soberano, escolhido uma porção da espécie humana para a salvação, enquanto deixando a outra porção<br />

destinada a destruição, nos atinge como sendo oposta às nossas idéias comuns de justiça, e assim precisa<br />

de defesa. A defesa da doutrina da Rejeição encontra-se na predecessora doutrina do Pecado Original ou<br />

da Depravação Total (Incapacidade Total). Este decreto encontra toda a raça humana caída. Ninguém<br />

tem qualquer direito à graça de Deus. Mas ao invés de deixar todos à sua justa punição, Deus<br />

gratuitamente confere felicidade imerecida para aquela porção da espécie humana, –– um ato de pura<br />

misericórdia e graça ao qual ninguém pode opor-se, –– enquanto a outra porção é simplesmente deixada<br />

de lado. Nenhuma miséria imerecida é direcionada sobre aquele grupo. Assim, ninguém tem qualquer<br />

direito de opor-se a esta parte do decreto. Se o decreto lida simplesmente com homens inocentes, seria<br />

injusto assinalar uma porção para a condenação; mas desde que ele lida com homens num estado<br />

particular, estado o qual é de culpa e de pecado, ele portanto não é injusto. “A concepção do mundo

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