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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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Nós nos referimos a este sistema de doutrina como “Calvinismo”, e aceitamos o termo “Calvinista”<br />

como nosso emblema de honra; ainda que nomes sejam meras conveniências. “Nós podemos,”, diz<br />

Warburton, “bem apropriadamente, e igualmente com toda razão, referirmo-nos à gravidade como<br />

‘Newtonismo’, porque os princípios da gravidade foram primeiramente trabalhados e demonstrados pelo<br />

grande filósofo Newton. Muito antes que Newton nascesse, a humanidade já convivia com os fatos da<br />

gravidade. Tais fatos eram visíveis a qualquer um desde o primeiro dia da criação do mundo, tanto<br />

quanto gravidade foi uma das leis que Deus ordenou e decretou para a organização e o equilíbrio do<br />

universo. Mas os princípios da gravidade não eram totalmente conhecidos, e os efeitos do poder e da<br />

influência da gravidade não eram totalmente conhecidos até que fossem ‘descobertos’ por Sir Isaac<br />

Newton. Assim, também aconteceu com o que os homens denominam Calvinismo. Os princípios<br />

inerentes ao Calvinismo têm existido por eras e eras antes que Calvino nascesse. Tais princípios de fato<br />

têm estado visíveis como fatores patentes na história do mundo desde o tempo da criação do homem.<br />

Mas tanto quanto foi Calvino quem primeiro formulou estes princípios em um sistema mais ou menos<br />

completo, tal sistema, ou credo, como queira referir-se a tal, e consoantemente aqueles princípios que<br />

são arrolados nele, vieram a ter o seu nome.” 2 Nos podemos ainda adicionar que os nomes<br />

“Calvinista”, “Luterano”, “Puritano”, “Peregrino”, “Metodista”, “Batista” e ainda o nome “Cristão”,<br />

foram originalmente apelidos. Mas a sua utilização veio a estabelecer a validade e o bom entendimento<br />

dos seus significados.<br />

O atributo que proporcionou tal força ao ensino de Calvino foi seu apego à Bíblia e à sua inspiração e<br />

autoridade. Calvino foi mencionado como o mais proeminente teólogo bíblico de sua época. Até onde a<br />

Bíblia o guiou ele foi; parando peremptoriamente onde quer que as respostas ou indicações na Bíblia<br />

cessassem. Esta sua recusa em seguir mais adiante do que estivesse escrito, juntamente com sua pronta<br />

aceitação do que a Bíblia ensinava, deu às suas declarações um ar de finalidade e positividade que<br />

tornaram-no ofensivo aos seus críticos. Devido ao seu discernimento afiado e ao seu poder de raciocínio<br />

lógico ele quase sempre era rotulado como um mero teólogo especulativo. Que ele tinha um gênio<br />

especulativo de primeira grandeza, é claro, não pode ser negado; e na relevância pertinência de sua<br />

análise lógica ele teve uma arma que o fez terrível para seus inimigos. Mas não era desses dons que ele<br />

dependia primariamente enquanto formulando e desenvolvendo o seu sistema teológico.<br />

O intelecto poderoso e ativo de Calvino levava-o a explorar o íntimo de cada objeto que tocasse. Foi<br />

longe em suas investigações sobre Deus e o plano da redenção, penetrando em mistérios com os quais a<br />

maioria dos homens raramente sonha, quando muito. Ele trouxe à luz um lado das Escrituras que até<br />

então havia sempre estado em sombras e enfatizou aquelas verdades profundas que comparativamente<br />

haviam escapado à atenção da <strong>igreja</strong> nos tempos que precederam a Reforma. Ele trouxe à luz doutrinas<br />

do apóstolo Paulo que estavam no esquecimento, as colocou inteira e completamente no entendimento de<br />

uma grande parte da Igreja Cristã.<br />

Talvez esta doutrina da <strong>Predestinação</strong> tenha provocado uma grande tempestade de oposição, e sem<br />

dúvida tem sido mais erroneamente interpretada e caricaturada, que qualquer outra doutrina das<br />

Escrituras Sagradas. “Para dizer antes de outra coisa,” diz Warburton, “é como balançar a proverbial<br />

bandeira vermelha na frente de um touro irado. Tal ato desperta as paixões mais ferozes de sua natureza,<br />

e traz à tona uma torrente de abuso e calúnia. Mas, porque os homens têm lutado contra tal, ou porque<br />

eles odeiem, ou talvez não compreendam, não há uma causa lógica ou razoável por que deveríamos<br />

abandonar a doutrina ao léu, ou livrarmo-nos dela. A questão real, o ponto crucial não é ‘Como os<br />

homens a recebem?’ mas, ‘Será que é verdadeira?’ ” 3<br />

Um motivo pelo qual muita gente, até pessoas supostamente educadas, são tão rápidos em rejeitar a<br />

doutrina da <strong>Predestinação</strong> é a pura ignorância do que realmente a doutrina é e o que a Bíblia ensina com

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