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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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como um mundo que encontra-se no mal e portanto já julgado (veja João 3:18), de forma que sobre<br />

aqueles que não são removidos do mal do mundo a ira de Deus não é derramada, mas simplesmente<br />

sobre eles ela permanece (veja João 3:36; confirme com I João 3;14); é fundamental para esta<br />

apresentação. É por outro lado, portanto, que Jesus a Si próprio Se representa como tendo vindo não ára<br />

condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele (veja em João 3:17 ; 8:12 ; 9:5 ; 12:47 ,<br />

confirme com João 4:42); e tudo o quanto Ele faz, tendo por motivo a introdução da vida no mundo (veja<br />

João 6:33, 51); o mesmo mundo já condenado não precisa de mais condenação, precisa de salvação.” 19<br />

O homem culpado perdeu os seus direitos e cai sob a vontade de Deus. A soberania absoluta de Deus<br />

agora entra em cena e quando Ele em alguns casos demonstra misericórdia, não podemos opor-nos à sua<br />

justiça em outros, a não ser que estejamos questionando o Seu governo do universo. Visto sob este<br />

prisma, o decreto da <strong>Predestinação</strong> encontra na raça humana uma massa de perdição e permite que<br />

somente uma parte dela permaneça em tal estado. Quando todos, antecedentemente mereceram castigo,<br />

não era injusto para alguns serem antecedentemente consignados a tanto; caso contrário a execução de<br />

uma justa sentença seria injusta.<br />

Quando o Arminiano diz que fé e obras constituem as bases da eleição nós discordamos,” diz Clark.<br />

“mas se ele disser que crença prevista e desobediência constituem a base da rejeição nós assentimos<br />

bastante prontamente. Um homem não é salvo com base nas suas virtudes mas ele é condenado com base<br />

no seu pecado. Como Calvinistas convictos nós insistimos que enquanto alguns homens são salvos de<br />

sua descrença e desobediência, nas quais todos encontram-se envolvidos, e outros não o são, é ainda a<br />

pecaminosidade do pecador que constitui a base da sua rejeição. A eleição e a rejeição procedem de<br />

diferentes bases; uma é a graça de Deus, a outra é o pecado do homem. É uma caricatura do Calvinismo<br />

dizer que porque Deus elege um homem para a salvação independentemente de seu caráter ou<br />

merecimentos, que portanto Ele eleja outro homem para a danação independentemente de seu caráter ou<br />

merecimentos.” 20<br />

Esta rejeição ou “deixar de lado os não eleitos” não é fundamentada meramente numa previsão da sua<br />

continuidade no pecado; pois se a fé tivesse sido uma causa própria, rejeição teria sido a sina de todos os<br />

homens, pois todos foram pré vistos como pecadores. Nem poderia ser dito que aqueles que foram<br />

“deixados de lado” fossem em todo caso piores pecadores que aqueles trazidos à vida eterna. As<br />

Escrituras sempre atribuem a fé e o arrependimento ao beneplácito de Deus e a operação especialmente<br />

graciosa do Seu Espírito. Aqueles que concebem a raça humana como inocente e merecedora da salvação<br />

ficam escandalizados, naturalmente, quando a qualquer parte da raça seja antecedentemente consignado<br />

o castigo. Mas quando a doutrina do Pecado Original, que é ensinada tão clara e repetidamente na Bíblia,<br />

é vista e analisada em seu escopo adequado, as objeções à predestinação desaparecem e a condenação<br />

dos perversos parece nada mais que natural. Assim, a salvação procede somente do Senhor, e a danação<br />

procede inteiramente de nós. Os homens perecem por não virem a Cristo; todavia se eles tiverem a<br />

vontade de vir, é o Bem que opera tal vontade neles. A Graça, a graça que elege, promove ambas coisas,<br />

desperta a vontade e a mantém firme; e à graça seja todo o louvor.<br />

Ademais, num mundo cheio de pecado e rebeldia, ninguém vale a pena ser salvo, por si mesmo. Deus<br />

graciosamente escolheu alguns quando ele poderia ter passado ao largo por todos, como ele fez com os<br />

anjos caídos (veja em II Pedro 2:4 ; Judas 6). Ele levou tudo sobre si para prover a redenção através da<br />

qual o Seu povo é salvo. A expiação, portanto, é Sua propriedade; e Ele certamente pode, como Ele<br />

muito certamente o fará, qualquer coisa que seja da Sua vontade, através da Sua própria Graça, dada para<br />

um e negada a outro, conforme melhor Lhe convenha. Deve ser notado que o fato de a não dispensação<br />

da Sua graça ao não eleito não se constitui a causa do perecer, tanto como a ausência do médico ao lado<br />

do enfermo é a ocasião, não a causa eficiente, da sua morte. “À vista de um Deus infinitamente bom e

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