A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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qualquer um que proceda a um estudo profundo e minucioso estudo do assunto. Por outro lado, o<br />
Arminianismo existiu por séculos somente como uma heresia nos arrebaldes da verdadeira religião, e de<br />
fato não foi eleito como campeão pela <strong>igreja</strong> Cristã organizada até o ano de 1784, a qual época foi<br />
incorporado ao sistema da doutrina da Igreja Metodista na Inglaterra. Os grandes teólogos da história,<br />
Agostinho, Wycliffe, Lutero, Calvino, Zuínglio, Zanchius, Owen, Whitefield, Toplady, e em tempos<br />
mais receintes Hodge, <strong>Da</strong>bney, Cunningham, Smith, Shedd, Warfield e Kuyper, abraçaram esta doutrina<br />
e a ensinaram com entusiasmo. Que eles tenham sido luzes e ornamentos do mais alto tipo de<br />
Cristianismo, será admitido por praticamente todos os Protestantes. Mais ainda, suas obras neste tão<br />
importante tema nunca tiveram réplica. Então, também, quanto paramos para considerar que entre as<br />
religiões não cristãs o Islamismo tem tantos milhões que crêem em alguma forma de <strong>Predestinação</strong>, que<br />
a doutrina do Fatalismo tem sido de uma forma ou de outra sustentada em várias nações não convertidas<br />
e que as filosofias mecanísticas e determinísticas têm exercido influência tão grande na Inglaterra,<br />
Alemanha e América, vemos que pelo menos vale a pena estudar tal tipo de doutrina.<br />
Desde a época da Reforma até mais ou menos duzentos anos atrás, estas doutrinas eram bravamente<br />
trazidas à baila pela grande maioria dos ministros e mestres nas <strong>igreja</strong>s Protestantes, mas hoje em dia<br />
encontramos a grande maioria sustentando e ensinando outros sistemas. É muito raro nos depararmos<br />
com aqueles chamados “Calvinistas sem reserva”. Podemos muito apropriadamente aplicar às nossas<br />
próprias <strong>igreja</strong>s as palavras de Toplady com relação à Igreja da Inglaterra: “Idos são os tempos em que as<br />
doutrinas Calvinistas eram consideradas e defendidas como o Palladium de nossa Igreja Estabelecida;<br />
pelos seus bispos e clero, pelas universidades e por todo o povo leigo. Foi, durante os reinados de<br />
Eduardo VI, Rainha Elizabeth, Tiago I e a grande parte de Carlos I, tão difícil encontrar um clérigo que<br />
não pregasse as doutrinas da Igreja da Inglaterra, como é agora difícil encontrar alguém que o faça.<br />
Temos genericamente abandonado os princípios da Reforma, e “Ichabod” , ou ‘a glória se foi’, tem sito<br />
escrito na maioria de nossos púlpitos e das portas de nossas <strong>igreja</strong>s, desde então.” 1<br />
A tendência neste nossa era mais iluminada, é olharmos para o Calvinismo como um credo surrado e<br />
obsoleto. No começo do seu esplêndido artigo “A Fé <strong>Reformada</strong> no Mundo Moderno”, o Professor F. E.<br />
Hamilton diz, “Parece ser tacitamente assumido por um grande número de pessoas na Igreja<br />
Presbiteriana atual que o Calvinismo cresceu demasiado nos círculos religiosos. Na verdade, um membro<br />
comum de uma <strong>igreja</strong>, ou mesmo ministro do Evangelho, tendem a olhar para uma pessoa que declara<br />
acreditar na <strong>Predestinação</strong>, com um misto de divertida tolerância. Parece-lhes incrível que ainda exista<br />
tal curiosidade intelectual como um Calvinista real numa época de iluminismo como a presente. Quanto<br />
a examinar seriamente os argumentos do Calvinismo, tal idéia nunca entra em suas cabeças. Considerase<br />
tão fora de questão como a Inquisição, ou como um mundo criado (“a partir da e pela vontade de uma<br />
força maior”), e olha-se para isso como se fosse uma daquelas fantásticas linhas de raciocínio que os<br />
homens tinham antes da idade da ciência moderna.” Por causa desta atitude atualmente tomada com<br />
relação ao Calvinismo, e por causa da falta geral de informação com relação a estas doutrinas, reputamos<br />
o tema deste livro como de suma importância.<br />
Foi Calvino quem fermentou e trabalhou este sistema de pensamento teológico com tal ênfase e clareza<br />
lógica que desde então tem sido referido pelo seu próprio nome. É claro que ele não originou o sistema,<br />
mas simplesmente trabalhou com o que lhe pareceu ressaltar com brilho especial nas páginas das<br />
Sagradas Escrituras. Agostinho havia ensinado o básico, o essencial do sistema mil anos antes do<br />
nascimento de Calvino, e todo o corpo de líderes do movimento da Reforma ensinou o mesmo. Mas foi<br />
Calvino, com seu profundo conhecimento das Esctirutas, seu destacado intelecto e gênio sistemático,<br />
quem alinhou e defendeu estas verdades mais clara e habilmente do que alguém jamais houvera feito.