A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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Com relação a esta diferença, o Dr. Warfield escreve: “O mero colocar da questão parece trazer consigo<br />
a resposta. Pois o que está em questão é o tratamento real dispensado aos homens, que é igual para<br />
ambas classes; aqueles que são eleitos e aqueles que são deixados de lado, condicionados em pecado.<br />
Não se pode falar de salvação mais do que de rejeição sem postular o pecado. O pecado é<br />
necessariamente precedente em pensamento. Na realidade, não até a idéia abstrata da percepção, mas ao<br />
instante concreto da percepção, que está em questão; a percepção relacionada a um destino, que envolve<br />
ou salvação ou castigo. Deve haver pecado em intenção, para fundamentar um decreto de salvação, tão<br />
verdadeiramente quanto um decreto de punição. Não se pode falar de um decreto referente à salvação e<br />
castigo, que seja discriminatório entre homens, portanto; sem postular a intenção dos homens como<br />
pecadores, de acordo com a lógica original do decreto.” 25<br />
E no mesmo sentido o Dr. Charles Hodge diz: “É um princípio Bíblico claramente revelado, que onde<br />
não há pecado não há condenação ... Ele teve misericórdia para um e não para com outro, conforme a<br />
Sua própria vontade, porque todos são igualmente pecadores e culpados . . . Em todo lugar, como em<br />
Romanos 1:24, 26, 28, a rejeição é declarada ser judicial, baseada na pecaminosidade do que é rejeitado.<br />
De outra forma não seria uma manifestação da justiça de Deus.” 26<br />
Não está em harmonia com as idéias de Deus conforme mostradas na Bíblia, que homens inocentes,<br />
homens que não são contemplados como pecadores, estivessem pré ordenados para a miséria e morte<br />
eternas. Não se deveria estudar o decreto relacionado com os salvos e os perdidos baseado somente em<br />
soberania abstrata. Deus é verdadeiramente soberano, mas esta soberania não é exercida de maneira<br />
arbitrária. Antes, é uma soberania exercida em harmonia com os Seus outros atributos, especialmente a<br />
Sua justiça, a Sua santidade e a Sua sabedoria. Deus não peca; e nesse respeito Ele é limitado, embora<br />
fosse mais acurado falar da sua incapacidade de pecar como sendo uma perfeição. Há, é claro, mistério<br />
relacionado com qualquer um dos sistemas, mas o sistema “Supralapsariano” parece ir além do mistério,<br />
e na contradição.<br />
As Escrituras Sagradas são praticamente “infralapsarianas”, –– os Cristãos são ditos terem escolhidos<br />
“do” mundo (veja em João 15:19 = “Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque<br />
não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia”); o oleiro tem o<br />
direito sobre o barro (veja em Romanos 9:21 = “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma<br />
massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?”); e os eleitos e não eleitos são<br />
reputados com estando originalmente num estado comum de miséria. Sofrer e morrer estão<br />
uniformemente representados como os salários do pecado. O esquema “infralapsariano” naturalmente a<br />
si mesmo relaciona-se com as nossas idéias de justiça e de misericórdia, e ao menos é isento da objeção<br />
Arminiana de que Deus simplesmente cria alguns homens para danação. Agostinho e a grande maioria<br />
daqueles que têm sustentado a doutrina da eleição desde a sua promulgação foram e são<br />
“infralapsarianos”, –– quer dizer, eles crêem que foi da massa de homens caídos que alguns foram<br />
eleitos para a vida eterna, enquanto que outros foram sentenciados à morte eterna em razão dos seus<br />
pecados. Não há nenhuma confissão <strong>Reformada</strong> que ensine o ponto de vista “supralapsariano”; mas por<br />
outro lado, um número considerável ensina abertamente a visão “infralapsariana”, que assim emerge<br />
como a forma típica do Calvinismo. Até os dias de hoje é provavelmente dizer que não mais que um<br />
Calvinista dentre cem sustenta a visão “supralapsariana”. Nós somos Calvinistas o bastante, mas não<br />
somos “altos Calvinistas”. O termo “alto Calvinista” aplica-se àquele que sustenta a visão<br />
“supralapsariana”.<br />
É sem dúvida verdadeiro que a escolha soberana de Deus está disseminada em qualquer dos sistemas e a<br />
salvação como um todo é obra de Deus. Os oponentes usualmente enfatizam o sistema<br />
“supralapsariano”, por ser o que, sem explicação, é mais provável de vir a conflitar com os sentimentos e