A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...
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as impressões naturais do homem. Também é verdadeiro que há algumas coisas que não podem ser<br />
formatadas no tempo, –– que estes eventos não estão na mente Divina como encontram-se na nossa<br />
mente, por uma sucessão de atos, um após outro, mas que por um único ato Deus ordenou, todas essas<br />
coisas de uma só vez. Na mente Divina o plano é uno, cada parte do qual constituída com referência a<br />
um estado de fatos, os quais intencionados por Deus, como sendo resultados das outras partes. Todos<br />
esses decretos são eternos. Eles têm uma relação lógica, mas não cronológica. Todavia, de maneira a<br />
podermos raciocinar inteligentemente sobre eles, devemos ter nossos pensamentos numa certa ordem.<br />
Nós, muito naturalmente, temos a opinião de que a dádiva de Cristo, em santificação e em glorificação,<br />
foi posterior aos decretos da criação e da queda.<br />
Com relação ao ensinamento da Confissão de Westminster, o Dr. Charles Hodge faz o seguinte<br />
comentário: “Twiss, presidente oficial daquele corpo venerável (a Assembléia de Westminster), era um<br />
“supralapsariano” zeloso; a grande maioria de seus membros, contudo, estavam do outro lado. Os<br />
símbolos daquela Assembléia, enquanto claramente implicando numa visão “infralapsariana”, foram<br />
todavia tão emoldurados de maneira a evitar qualquer ofensa àqueles que adotaram a teoria<br />
“supralapsariana”. Na ‘Confissão de Westminster’, é dito que Deus apontou os eleitos para a vida eterna,<br />
e o restante da espécie humana, a Deus pareceu bem, conforme o inescrutável conselho da Sua própria<br />
vontade, através do qual Ele estende ou retrai a misericórdia conforme Lhe apraz, para a glória do Seu<br />
soberano poder sobre as Suas criaturas, deixar de lado, e ordená-los à desonra e à ira pelo seu pecado,<br />
para o louvor da Sua gloriosa justiça: Neste ponto é ensinado que aqueles a quem Deus deixa de lado são<br />
‘o resto da espécie humana; não o restante de ideais ou homens possíveis, mas o restante daqueles seres<br />
humanos que constituem a espécie humana, ou a raça humana. Em segundo lugar, a passagem cotada<br />
mostra e ensina que os não eleitos são deixados de lado e ordenados à ira ‘pelo seu pecado’. Isto implica<br />
que eles foram contemplados como cheios de pecado antes desta pré ordenação para julgamento. A visão<br />
“infralapsariana” é assumida ainda mais obviamente na resposta às questões 19ª e 20ª no ‘Pequeno<br />
Catecismo’. Ali é ensinado que toda a humanidade perdeu comunicação com Deus quando da queda, e<br />
que está desde então sob a Sua ira e maldição, e que Deus, do Seu próprio beneplácito elegeu alguns<br />
(alguns daqueles sob a Sua ira e maldição), para a vida eterna. Tal tem sido a doutrina da grande massa<br />
de Agostinianos, desde o tempo de Agostinho até os dias de hoje.” 27<br />
7. MUITOS SÃO ESCOLHIDOS<br />
Quando a doutrina da Eleição é mencionada muita gente imediatamente assume que ela significa que a<br />
grande maioria da humanidade estará perdida. Mas por que alguém deveria chegar a tal conclusão? Deus<br />
é livre, na eleição, para escolher tantos quantos Lhe aprouver, e nós cremos que Ele, que é infinitamente<br />
misericordioso e benevolente e santo escolherá a grande maioria para a vida. Não há uma boa razão pela<br />
qual Ele devesse limitar-se a uns poucos somente. Nos é dito que Cristo terá a preeminência em todas as<br />
coisas, e nós não cremos que ao Diabo será permitido emergir vitorioso, mesmo em números.<br />
O nosso posicionamento neste respeito foi mui habilmente apresentado pelo Dr. W. G. T. Shedd nas<br />
seguintes palavras: “Note-se que a questão ‘quantos estão eleitos e quantos estão rejeitados’, não tem<br />
nada a ver com a questão ‘se Deus pode eleger ou rejeitar pecadores’. Se estiver intrinsecamente correto<br />
para Ele eleger ou não eleger, salvar ou não salvar aqueles ‘agentes morais livres’ que, por sua própria<br />
falta atiraram-se no pecado e na ruína, números não são importantes para estabelecer-se estatística<br />
correta. E se estiver intrinsecamente errado, números não são importantes para estabelecer-se estatística<br />
errada. Nem tampouco há qualquer necessidade de que o número dos eleitos seja pequeno, e<br />
consequentemente o de não eleitos seja grande, ou vice versa. A eleição e a não eleição, assim como os<br />
números dos eleitos e dos não eleitos são ambos um assunto da soberania e decisão opcional. Ao mesmo<br />
tempo, alivia a solenidade e o horror que pairam sobre o decreto da rejeição, ao lembrar que as Escrituras