15.04.2013 Views

A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Tradução Livre:<br />

A <strong>Doutrina</strong> <strong>Reformada</strong> <strong>Da</strong> <strong>Predestinação</strong><br />

Capítulo ii – Apresentação da <strong>Doutrina</strong><br />

Na Confissão de Fé de Westminster, que estabelece as crenças das Igrejas Presbiteriana e <strong>Reformada</strong> e a<br />

qual é a mais perfeita expressão da Fé <strong>Reformada</strong>, lemos: “Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito<br />

sábio e santo conselho da Sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece,<br />

porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada<br />

a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.” E mais adiante, “Ainda que<br />

Deus sabe tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as circunstâncias imagináveis, Ele não decreta<br />

coisa alguma por havê-la previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais<br />

condições.”<br />

A doutrina da <strong>Predestinação</strong> representa os propósitos de Deus como absolutos e incondicionais,<br />

independentes de toda a criação finita, e como originados somente no conselho eterno da Sua vontade.<br />

Deus é visto como o grande e poderoso Rei que apontou o curso da natureza e quem direciona o curso da<br />

história até os seus menores detalhes. Seu decreto é eterno, imutável, santo, sábio e soberano. Estende-se<br />

não meramente ao curso do mundo físico mas a cada acontecimento na história humana desde a criação<br />

até o juízo final, e inclui todas as atividades dos santos e anjos no céu e dos condenados e dos demônios<br />

no inferno. Abrange todo escopo da existência das criaturas, através do tempo e da eternidade,<br />

compreendendo imediatamente todas as coisas que já foram ou que virão a ser em suas causas,<br />

condições, sucessões, e relações. Tudo fora do próprio Deus está incluso neste decreto todo abrangente, e<br />

muito naturalmente, já que todas as demais coisas viventes devem a sua existência e a sua continuidade<br />

em existência ao Seu poder criativo e sustentador. Possibilita controle providencial sob o qual todas as<br />

coisas concorrem para o fim que Deus há determinado; e o objetivo é: “Um distante acontecimento<br />

divino; Em direção do qual toda a criação se move.”<br />

Desde que a criação finita em toda a sua extensão existe como um meio através do qual Deus manifesta a<br />

Sua glória, e desde que ela é absolutamente dependente dEle, de si própria não poderia criar condição<br />

alguma que limitasse ou abatesse a manifestação daquela glória. Desde toda a eternidade Deus<br />

estabeleceu fazer justamente o que Ele está fazendo. Ele é o Regente soberano do universo, e “...e<br />

segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa<br />

deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”[<strong>Da</strong>niel 4:35]. Desde que o universo tem a sua origem em Deus e<br />

depende dEle para a continuação da sua existência, deve, em toda parte e em todo momento, sujeitar-se<br />

ao Seu controle para que nada aconteça contrário ao que Ele expressamente decreta ou permite. Assim o<br />

propósito eterno é representado como um ato soberano de predestinação ou preordenação, e<br />

incondicionado por qualquer fato subsequente ou mudança no tempo. Destarte é representada como<br />

sendo a base da pré ciência divina de todos acontecimentos futuros, e não condicionada por aquela pré<br />

ciência ou por qualquer coisa originada pelos mesmos acontecimentos.<br />

Os teólogos reformados lógica e consistentemente aplicaram às esferas da criação e da providência<br />

aqueles grandes princípios que foram mais tarde arrolados no Westminster Standards. Eles viram a mão<br />

de Deus em cada acontecimento em toda a história da humanidade e em todos os prodígios da natureza<br />

física, de modo que o mundo fosse a completa realização do ideal eterno no tempo. O mundo como um<br />

todo e em todas as suas partes e movimentos e mudanças foi unificado em uma unidade pela atividade<br />

governante, permeadora e harmonizadora vontade divina, e o seu propósito era manifestar a glória

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!