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A Doutrina Reformada Da Predestinação i - igreja reformada ...

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Lutero diz que “Absolutamente todas as coisas acontecem a partir da e dependem do comando Divino;<br />

por onde foi préordenado quem deveria receber a palavra da vida e quem deveria não aceitá-la; quem<br />

deveria ser livrado dos seus pecados e quem deveria ser endurecido neles, quem seria justificado e quem<br />

seria condenado.” 15<br />

“Os escritores Bíblicos,” diz o Dr. Warfield, “estão tão longe quanto possível de obscurecer a doutrina<br />

da eleição por causa de quaisquer idéias ou proposições aparentemente desagradáveis que advém dela.<br />

Ao contrário, eles expressamente separam tais idéias ou proposições as quais freqüentemente são assim<br />

designadas, e as fazem uma porção do seus estudos explícitos. Sua doutrina da eleição, eles nos dizem<br />

livremente, por exemplo, certamente envolve uma correspondente doutrina da preterição. O próprio<br />

termo adotado no Novo Testamento assim o expressa –– eklegomai, que como Meyer diz com justiça<br />

(Efésios 1:4), ‘sempre tem, e deve ter por uma necessidade lógica, uma referência a outros a quem os<br />

eleitos, sem a ‘ekloga’, ainda pertenceriam’ –– encorpando uma declaração do fato que na sua eleição<br />

outros são passados e deixados sem a dádiva da salvação; a apresentação inteira da doutrina é tal que ou<br />

ela implica ou ela abertamente declara, na sua própria emergência, a remoção dos eleitos pela pura graça<br />

de Deus, não só e meramente de um estado de condenação, mas também da companhia dos condenados<br />

–– uma companhia em quem a graça de Deus não tem nenhum efeito salvador, e que são portanto<br />

deixados sem esperança em seus pecados; e a positiva e justa condenação dos impenitentes por seus<br />

pecados é explícita e repetidamente ensinada em acentuado contraste com a salvação gratuita dos eleitos<br />

apesar dos seus pecados.” 16<br />

E novamente ele diz: “A dificuldade que é sentida por alguns quanto a seguir o argumento do apóstolo<br />

(vide Romanos 11 f), podemos suspeitar, tem raízes em parte num resumo do que lhes parece um<br />

desígnio arbitrário de homens para destinos diversos sem qualquer consideração do seu merecimento.<br />

Certamente Paulo afirma explicitamente tanto a soberania da rejeição quanto da eleição, –– se estas<br />

idéias gêmeas forem, de fato, separáveis mesmo que seja em pensamento; se ele representar a Deus<br />

como soberanamente amando a Jacó, ele igualmente O representará como soberanamente odiando a<br />

Esaú; se declarar que Ele tem misericórdia de quem Ele quer, ele também declarará, igualmente, que Ele<br />

endurece a quem Ele quer. Sem dúvida a dificuldade normalmente sentida é, em parte, conseqüência de<br />

uma realização insuficiente da concepção fundamental de Paulo quanto ao estado do homem, em muito<br />

como pecadores condenados perante um Deus irado. Ele apresenta Deus lidando com um mundo cheio<br />

de pecadores, e a partir daquele mesmo mundo, a construção de um Reino de Graça. Não fossem todos<br />

os homens pecadores, talvez ainda existisse uma eleição, tão soberana como agora, e em havendo uma<br />

eleição, ainda haveria uma rejeição também soberana; mas a rejeição não seria uma rejeição para castigo,<br />

para destruição, para morte eterna, mas para algum outro destino consoante com o estado daqueles não<br />

eleitos, onde eles devessem ser deixados. Não é, de fato, porque os homens são pecadores que eles são<br />

deixados ‘não eleitos’; a eleição é livre, e em assim sendo a rejeição também deve ser igualmente livre;<br />

mas é somente porque os homens são pecadores que o que é deixado aos não eleitos é a destruição. E é<br />

nesse universalismo de ruína, ao invés de em um universalismo de salvação, que Paulo realmente tem as<br />

raízes da sua defesa da bondade e onipotência de Deus. Quando todos merecem a morte, é uma<br />

maravilha de pura graça que alguém receba a vida; e quem poderia negar o direito dAquele que mostra<br />

misericórdia tão miraculosa, de ter misericórdia de quem Ele quer, e endurecer a quem Ele quer?” 17<br />

Prova das Escrituras<br />

Esta é, admitidamente, uma doutrina desagradável. Ela não é ensinada com o propósito de ganhar o favor<br />

dos homens, mas o é somente o pleno ensino das Escrituras e a contrapartida lógica da doutrina da<br />

Eleição. Nós veremos que algumas passagem ensinam esta doutrina com uma clareza incontestável. Tais<br />

passagens deveriam ser suficientes para qualquer um que aceite a Bíblia como a palavra de Deus. “O

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