Obra Completa - Universidade de Coimbra

Fisiologia anagénica 121
quási dizei' inexgotavel, acrescentarei que, os numerosos
investigadores, permanecendo unanimes em considerar
necessária a intervenção do oxigénio sob a fórma de
ião activo, afastam-se bastante uns dos outros, quanto
ao mecanismo da libertação ionica e ao processo da
oxidação em si.
Assim é que, em contrário de SPITZER e NUSBAUM
que atribuem ao núcleo um papel dominante no serviço
das oxidações orgânicas, A. GAUTIER, por seus
estudos e com uma experiência elegante de ERLICH,
confirma-se na opinião de que nas combustões orgânicas
se devem considerar duas fases: uma anaeróbia,
verdadeira hidrólise dos princípios immediatos no interior
das células, outra aerobia, oxidação verdadeira
sôbre os detritos proteicos alijados para o exterior da
membrana celular.
Por outro lado, descobre-se 110 fígado um fermento
de dupla acção, oxidante e reductora. O extracto
aquoso de fígados de animais oxida os aldeídos benzílico
e salicílico, dando respectivamente o ácido benzoico
e o ácido salicílico. O mesmo extracto transforma
os nitratos em nitritos, e reduz a nitrobenzina (CeHõNOá)
à fenilamina ou anilina (CGH;;NH?).
ABELOUS e ALOY pretendem demonstrar pelo paralelismo
das duas acções, que êsses dois poderes, oxidante
e redutor, não pertencem a dois fermentos distintos,
mas sim a uma só diastase.
Existirá, pois, 110 organismo, um fermento óxidoredutor
? Colocado entremeio das combinações oxigenadas
e dos corpos combustíveis, essa diastase oxidoredutora
tirará das primeiras o oxigénio necessário, e
passá-lo-á aos segundos sob a fórma activa utilizável?