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Obra Completa - Universidade de Coimbra

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Fisiologia anagénica 27<br />

chia pela universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tubingen, tendo ido, como<br />

médico <strong>de</strong> marinha, a bordo <strong>de</strong> um navio holandês a<br />

caminho das Antilhas, e estacionando algum tempo em<br />

Batávia, na ilha <strong>de</strong> Java, teve ocasião <strong>de</strong> sangrar repetidas<br />

vezes os europeus recemchegados, e observar<br />

que o sangue venoso era, ali, mais vermelho do que no<br />

norte. «O sangue da veia do braço era extraordináriamente<br />

vermelho, a tal ponto que eu julgava encontrar<br />

uma artéria», diz na sua Memória sobre o movimento<br />

orgânico em suas relações com a nutrição.<br />

Sabia, já então, que as veias conduzem o sangue<br />

<strong>de</strong>soxigenado, que êsse sangue no pulmão se carrega<br />

do oxigénio necessário à combustão fisiológica dos alimentos<br />

no organismo; e compreen<strong>de</strong>u que naquela<br />

temperatura alta dos trópicos o corpo humano não tinha<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entreter combustões tão activas<br />

como nas zônas temperadas para conservar o seu nível<br />

térmico interior. Como corolário, o sangue venoso <strong>de</strong>via<br />

conter um excesso <strong>de</strong> oxigénio, em relação ao que<br />

lhe era habitual nas latitu<strong>de</strong>s mais elevadas.<br />

Ora, MAYER andava preocupado com o problema do<br />

movimento perpétuo; por isso, as relações entre o calor<br />

animal e o trabalho que êle produz, assim como a<br />

natureza das fontes originárias <strong>de</strong>ssas duas manifestações<br />

tão diversas, constituíram objecto <strong>de</strong> profundas<br />

locubrações em seu espírito. Observando um animal a<br />

mover uma máquina, o trabalho aparecia-lhe intercalado<br />

entre um excesso <strong>de</strong> calor produzido pelo animal<br />

e o calor que tomava nascimento na máquina. Além<br />

disso, um cavalo que trabalha consome muito mais<br />

alimento do que quando está em repouso. O animal,<br />

em serviço precisa superior ração e produz muito mais

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