Obra Completa - Universidade de Coimbra

CAPÍTULO XI
Energética
Iniciadores da energética. — A química não satisfaz as exigências
da física quanto mais as da fisiologia. — A molécula
não pode servir de unidade física dos corpos. — A física
precisa de forças novas para dispor as moléculas no espaço.
— É preciso ainda outra fôrça que dê conta da sucessão
dos estados dos corpos no tempo. A evolução. — Ao critério
estrutural sucede o critério funcional. — A balança não
é pesa corpos.—Impossibilidade de determinar a orientação
absoluta da evolução. — Conhecer as modalidades energéticas
e relacioná-las, em vez de teimar em conhecer a natureza
íntima das cousas. — O aspecto novo da sciência no
ponto de vista energético. — LORENTZ. — A realidade é heterogénea
— A homogeneidade só aparece na visão longínqua
das cousas. — A astronomia e a medicina. — O
conhecimento geral é necessário. —A sciência absoluta, lima
utopia. — Procura-se saber o que são as cousas umas em
relação às outras, pelo molde da nossa acção sôbre elas. —
O que é preciso é saber actuar. — Homo faber em vez de
homo sapiens. — O homem precisa dominar o meio.— Como
entra o número na energética. — O resultado a que chega
a sciência. — O pensamento fôrça catalítica. — Alegoria da
ninfa do regato.
Vimos já, como disse atrás, que o fundamento dos
estudos energéticos se deve a um médico — ROBERT
MAYER.
Associaremos a êste iniciador de tão próspera orientação
scientífica, o nome de JOULE e o do célebre