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Obra Completa - Universidade de Coimbra

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Fisiologia anagénica 45<br />

a abonassem, e só pela fôrça indirecta das i<strong>de</strong>ias sobre<br />

a evolução em geral, é que as doutrinas <strong>de</strong> LAMARK e<br />

DARWIN creavam a<strong>de</strong>ptos convictos, nos neo-lamarkistas<br />

e neo-darwinistas do nosso tempo.<br />

O resultado <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> reaccional <strong>de</strong>fensiva dos<br />

organismos, é perfeitamente palpável nas conquistas<br />

que tem feito a terapêutica com a seroterápia, processos<br />

imunisantes, e nem as reacções anafiláticas lhe<br />

fazem excepção, por mais paradoxal que o facto aparentemente<br />

se mostre.<br />

Na verda<strong>de</strong>, parece que nos casos <strong>de</strong> anafilaxia, o<br />

animal que reage victorioso à injecção da primeira dóse,<br />

só ganha habilitação para mais fácilmente sucumbir à<br />

segunda dóse, embora mais fraca, da mesma toxina.<br />

Não posso aqui alongar-me em explicações do íntimo<br />

processo porque tal facto po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r-se. Mas<br />

sem mais larga exposição, direi que pelo próprio processo<br />

<strong>de</strong>fensivo que cria a imunida<strong>de</strong>, se chega a compreen<strong>de</strong>r<br />

também a anafilaxia.<br />

E, agora, tomando as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> RENÉ QUINTON, po<strong>de</strong>remos<br />

consi<strong>de</strong>rar que a evolução morfológica haja resultado<br />

<strong>de</strong> insurreições sucessivas dos seres vivos contra<br />

as variações do meio exterior, que se teem produzido<br />

no <strong>de</strong>curso da história do nosso planeta.<br />

Na Ida<strong>de</strong> Média, a natureza tinha «horror ao vácuo,<br />

e explicava-se assim a aspiração da água pelas bombas.<br />

Hoje será lícito dizer que a natureza tem «horror à<br />

variação», para explicar como tudo ten<strong>de</strong> para um<br />

equilíbrio cada vez mais estável.<br />

Qual será a fórmula scientífica correspon<strong>de</strong>nte<br />

àquela «pressão atmosférica» que se consagrará à explicação<br />

<strong>de</strong>sta tendência?

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