Obra Completa - Universidade de Coimbra

f isiologia anagénica 211
Como atingir essa intimidade biogénica do organismo,
para apanharmos os elementos definidores da
sua modalidade energética?
Será por ser impossível que não se tem conseguido?
Mas, então, demonstre-se tal impossibilidade, que não
será pequeno serviço prestado. Quando a álgebra, depois
de muito trabalhar pela resolução das equações
do 3.° e 4.° graus e conseguindo-a, chegou às do 5.°,
e via com desaire todos os esforços estéreis, «a demonstração
da impossibilidade radical de resolver a
equação geral do 5.° grau com as funções ordinárias
da álgebra, foi considerada, a justo título, como uma
descoberta importante» (C. A. LAISSANT, La Mathématic).
Ora, certamente, que não teem o valor duma demonstração
negativa, nem o «axioma» de BERTHELOT nem
a opinião de CL. BERNARD.
Antes de se saber reconhecer o estado eléctrico dum
corpo, e emquanto não se tomou registo dos efeitos
da energia eléctrica, era como se não existisse a electricidade.
Consideremos o sistema cobre-zinco-água-acidulada-
-cobre dum elemento voltaico:
Zn + SOÍHÍ = SOtZn + H2 + 38:000 cal.
Se instalarmos êste elemento de pilha voltaica num
calorímetro, e o respectivo fio interpolar noutro calorímetro,
registraremos o calor desenvolvido pela reacção
no vaso e o calor desenvolvido atravez do fio
interpolar: esses dois valores calorimétricos dão a
quantidade de calor total da reacção Zn + SO4H-2.
Sem fio interpolar, a reacção dava ao colorímetro,