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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 101<br />

Paleobiogeografia <strong>do</strong>s equinói<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Cenomaniano-Coniaciano<br />

(Cretáceo Superior) <strong>de</strong> Sergipe<br />

Edilma <strong>de</strong> Jesus Andra<strong>de</strong> 1 & Cynthia Lara <strong>de</strong> Castro Manso 2<br />

Os equinói<strong>de</strong>s regulares e irregulares foram mo<strong>de</strong>radamente diversifica<strong>do</strong>s no Cretáceo da<br />

Bacia <strong>de</strong> Sergipe, ocupan<strong>do</strong> diversos ambientes <strong>de</strong> plataforma. Dentre os equinói<strong>de</strong>s<br />

irregulares, os cassidulói<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacaram-se por uma diversida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada no Albiano, e<br />

os espatangói<strong>de</strong>s, por uma distribuição mais uniforme <strong>do</strong> Aptiano ao Coniaciano. Em<br />

Sergipe, os espatangói<strong>de</strong>s estiveram representa<strong>do</strong>s por três linhagens. A primeira<br />

linhagem constituída por Douvillaster, abundante no Aptiano Superior, seguida por<br />

Hemiaster, durante o Albiano e Mecaster <strong>do</strong> Cenomaniano ao Coniaciano. Esse trabalho<br />

tem como objetivo apresentar a distribuição estratigráfica e paleogeográfica <strong>do</strong>s<br />

equinói<strong>de</strong>s <strong>do</strong> intervalo Cenomaniano-Coniaciano da Bacia <strong>de</strong> Sergipe. Para a análise<br />

paleobiogeográfica, foram utiliza<strong>do</strong>s equinói<strong>de</strong>s provenientes da Formação Cotinguiba,<br />

basean<strong>do</strong>-se principalmente em espécimes coleta<strong>do</strong>s pelas autoras e complementa<strong>do</strong>s por<br />

aqueles já <strong>de</strong>scritos na literatura. Foram assinaladas as seguintes espécies: Leptosalenia<br />

sergipensis (White, 1887), <strong>do</strong> Aptiano Superior ao Cenomaniano; Orthopsis miliaris<br />

(Archiac, 1835), Coenholectypus neocomiensis (Gras, 1848) e Pseu<strong>do</strong>laster tricarinatus<br />

Lambert, 1924, <strong>do</strong> Albiano Inferior ao Cenomaniano; Tetragramma <strong>de</strong>shayesi (Cotteau,<br />

1864), <strong>do</strong> Albiano Superior ao Cenomaniano; T. variolare (Brongniart, 1822), Cottaldia aff.<br />

benettiae (König, 1825) e Micropedina olisiponensis (Forbes, 1850), no Cenomaniano;<br />

Phymosoma baylei (Cotteau, 1864), no Turoniano Inferior; Petalobrisus cubensis<br />

(Weisbord, 1934), no Turoniano Médio; Cardiaster batnensis (Cotteau, Perón & Gauthier,<br />

1879), <strong>do</strong> Turoniano Superior. O gênero Mecaster Pomel, 1883 ocorre <strong>do</strong> Cenomaniano ao<br />

Coniaciano. Mecaster batnensis (Coquand, 1862) no Cenomaniano Superior ao Turoniano<br />

Inferior; e M. fourneli (Agassiz & Dessor, 1847), no Turoniano ao Coniaciano Inferior.<br />

Formas intermediárias entre essas duas últimas espécies ocorrem no Turoniano Inferior.<br />

Leptosalenia sergipensis é reportada também <strong>do</strong> Albiano Médio e Superior <strong>do</strong> Egito e<br />

Angola, porém sua ocorrência em Sergipe é mais antiga. Orthopsis miliaris tem ampla<br />

distribuição geográfica ocorren<strong>do</strong> em várias localida<strong>de</strong>s da Europa, norte da África,<br />

Península Arábica e nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Micropedina olisiponensis possui ampla<br />

distribuição na Europa, norte da África e Oriente Médio. Petalobrisus cubensis ocorre<br />

também na Bacia Potiguar, Cuba, México e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Mecaster batnensis é<br />

distribuída na Argélia, Tunísia, Portugal e Texas. Mecaster fourneli ocorre na Bacia<br />

Potiguar e no norte da África. A ausência <strong>de</strong> espatangói<strong>de</strong>s <strong>do</strong> gênero Micraster no<br />

Cretáceo brasileiro po<strong>de</strong> estar relacionada a uma provável competição com as espécies <strong>de</strong><br />

Mecaster. Ao contrário <strong>do</strong> que ocorreu no Brasil, na Europa, Micraster foi <strong>do</strong>minante<br />

durante o intervalo Cenomaniano-Coniaciano.<br />

¹Núcleo <strong>de</strong> Geologia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe (UFS), Cida<strong>de</strong> Universitária, Campus Prof. José Aloísio<br />

<strong>de</strong> Campos, Avenida Marechal Ron<strong>do</strong>n s/n o - Jardim Rosa Elze - 49100-000, São Cristóvão, SE, Brasil.<br />

²Núcleo <strong>de</strong> Ciências Biológicas, UFS, Campus Prof. Alberto Carvalho, Avenida Verea<strong>do</strong>r Olímpio Gran<strong>de</strong> s/n o -<br />

Centro - 49500-000, Itabaiana, SE, Brasil.<br />

E-mails: edilmaa@gmail.com, cynthia@phoenix.org.br<br />

Paleoinvertebra<strong>do</strong>s

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