Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão
Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão
Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Paleontologia 129<br />
1 Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Geologia, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
(UFRJ), Avenida Briga<strong>de</strong>iro Trompowsky, s/n 0 , Cida<strong>de</strong> Universitária - Ilha <strong>do</strong> Fundão - 21949-900, Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, RJ, Brasil.<br />
2 Departamento <strong>de</strong> Geologia e Paleontologia, Museu Nacional (MN/UFRJ), Quinta da Boa Vista s/n 0 - São<br />
Cristóvão - 20940-040, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />
3 Bolsista <strong>de</strong> Produtivida<strong>de</strong> em Pesquisa <strong>do</strong> CNPq.<br />
4 Departamento <strong>de</strong> Geologia, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (UnB) - Asa Norte - 70910-900,<br />
Brasília, DF, Brasil.<br />
5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pampa (UNIPAMPA), Avenida Antônio Merca<strong>do</strong>, 1357 - São Clemente - 97300-000,<br />
São Gabriel, RS, Brasil.<br />
Crinói<strong>de</strong>s da Formação Pimenteira (Devoniano Médio,<br />
Bacia <strong>do</strong> Parnaíba), Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins, Brasil<br />
Sandro Marcelo Scheffler 1 , Antonio Carlos Sequeira Fernan<strong>de</strong>s 2,3 , Vera Maria Medina da Fonseca 2 ,<br />
José Men<strong>de</strong>s Gama Jr 4 & Sérgio Dias da Silva 5<br />
Os primeiros fósseis <strong>de</strong> crinói<strong>de</strong>s da Bacia <strong>do</strong> Parnaíba foram reconheci<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong>, em<br />
1953, Wilhelm Kegel registrou a presença <strong>de</strong> placas dissociadas <strong>de</strong> pedúnculo em<br />
afloramentos da Formação Cabeças no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Piauí, na borda leste da bacia. Embora<br />
pouco numerosos, novos exemplares <strong>de</strong>sses fósseis foram obti<strong>do</strong>s em coletas<br />
subsequentes. Entretanto, até recentemente nenhum resto <strong>de</strong> crinói<strong>de</strong> havia si<strong>do</strong><br />
recupera<strong>do</strong> nas rochas da Formação Pimenteira. Somente em 2005, quan<strong>do</strong> trabalhos<br />
sistemáticos <strong>de</strong> coleta começaram a ser realiza<strong>do</strong>s no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins, na borda<br />
su<strong>do</strong>este da bacia, foram coleta<strong>do</strong>s os primeiros crinói<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa formação, constituí<strong>do</strong>s<br />
por placas calicinais, colunais e pluricolunais. Em 2007 foi realizada a primeira<br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> placas calicinais referidas a Monstrocrinus sp., gênero presente na Bacia<br />
<strong>do</strong> Amazonas, na Europa e no norte da África. Nenhum táxon foi i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> até o<br />
momento com base em colunais e pluricolunais. Apresenta-se, portanto, a primeira<br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> crinói<strong>de</strong>s proce<strong>de</strong>ntes da Formação Pimenteira com base neste material<br />
fragmentário. A Formação Pimenteira é constituída por espessas seções <strong>de</strong> folhelhos<br />
cinza-escuros intercaladas com arenitos grossos a finos, constituin<strong>do</strong> um trato <strong>de</strong> sistemas<br />
transgressivos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s principalmente em ambientes marinhos rasos sob a influência<br />
eventual <strong>de</strong> ondas <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>s. Os fósseis ocorrem na base da formação, <strong>de</strong>positada<br />
no Eifeliano médio a tardio. O material consiste <strong>de</strong> diversos fragmentos <strong>de</strong> pedúnculo,<br />
preserva<strong>do</strong>s como mol<strong>de</strong>s internos, proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>do</strong>is afloramentos <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s<br />
Estância Cantilena e Taquaruçu, situa<strong>do</strong>s no município <strong>de</strong> Palmas. As amostras estão<br />
<strong>de</strong>positadas na coleção <strong>de</strong> paleontologia <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Paleobiologia, Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Tocantins, Campus <strong>de</strong> Porto Nacional. Os espécimes UFT153c, e, UFT240h,<br />
UFT241d, h, j, k, n, UFT243j e UFT298f, k, l, foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como Exaesiodiscus sp.<br />
pelo pedúnculo muito heteromórfico com nodais apresentan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> epifaceta convexa;<br />
faceta articular circular muito <strong>de</strong>primida, em forma <strong>de</strong> soquete, para inserção <strong>de</strong> duas ou<br />
três internodais; faceta da nodal com numerosas crênulas, muito finas e longas (60 a 80);<br />
e lúmen pentagonal. Já os espécimes UFT 245a, UFT 303a, UFT 304a e UFT405a foram<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como Lau<strong>do</strong>nomphalus aff. L. tuberosus pelo pedúnculo heteromórfico<br />
circular com látera portan<strong>do</strong> tubérculos assimétricos situa<strong>do</strong>s na meta<strong>de</strong> inferior da altura,<br />
curva<strong>do</strong>s para baixo; pela faceta circular portan<strong>do</strong> crênulas (38-45) retas, longas e finas,<br />
que nas colunais maiores se bifurcam com mais freqüência na meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu<br />
comprimento; perilúmen circular bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e bem <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> <strong>do</strong> crenulário, com<br />
aproximadamente 20 <strong>de</strong>ntículos no topo; e lúmen diminuto circular a pentagonal<br />
arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>. Exaesiodiscus e Lau<strong>do</strong>nomphalus são gêneros que também ocorrem na<br />
E-mails: schefflersm@yahoo.com.br, acsfernan<strong>de</strong>s@acd.ufrj.br; vmmedinafonseca@gmail.com,<br />
men<strong>de</strong>squetzal@yahoo.com.br, sergiosilva@smail.ufsm.br<br />
Paleoinvertebra<strong>do</strong>s