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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 128<br />

Novos crinói<strong>de</strong>s da Formação Maecuru (Devoniano,<br />

Bacia <strong>do</strong> Amazonas) no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, Brasil<br />

Sandro Marcelo Scheffler 1 , Antonio Carlos Sequeira Fernan<strong>de</strong>s 2,3 & Vera Maria Medina da Fonseca 2<br />

As partes <strong>de</strong>sarticuladas <strong>de</strong> crinói<strong>de</strong>s são muito comuns nos ambientes <strong>de</strong> plataforma rasa<br />

<strong>do</strong> Membro Lontra (Formação Maecuru, Eifeliano). Diferentes da maioria das ocorrências<br />

<strong>do</strong> Devoniano brasileiro, os crinói<strong>de</strong>s chegam a ser quase tão abundantes quanto grupos<br />

geralmente <strong>do</strong>minantes como os braquiópo<strong>de</strong>s. Apesar <strong>de</strong>sta abundância, apenas quatro<br />

espécies são conhecidas até o momento: Monstrocrinus securifer Schmidt, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong><br />

com base em placas calicinais; e Lau<strong>do</strong>nomphalus regularis Moore & Jeffords,<br />

Lau<strong>do</strong>nomphalus ornatus Moore & Jeffords e Exaesiodiscus aff. minutus Moore & Jeffords,<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s com base em placas colunais dissociadas e segmentos pluricolunais. As<br />

amostras estudadas foram coletadas no rio Maecuru, nas proximida<strong>de</strong>s da cachoeira<br />

Teuapixuna, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. O material se encontra <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> na coleção <strong>de</strong><br />

paleontologia <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Geologia e Paleontologia <strong>do</strong> Museu Nacional/UFRJ sob<br />

a sigla MN e na coleção <strong>de</strong> paleontologia <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Ciências Naturais da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro sob a sigla UNIRIO. Os espécimes MN 5173c9, MN 4549-<br />

Ih, MN 7487-Ig, MN 3412-Ia, MN 3326-Ib, UNIRIO-066-Bva, UNIRIO-070-Bva e UNIRIO-<br />

082-Bva foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como Eurax sp. por apresentar forma opercular com diâmetro<br />

máximo em torno <strong>de</strong> 5 mm, crenulário com aproximadamente 30 crênulas finas, curvas e<br />

bifurcadas, simples ou intercalares; e a aréola pustulada, elevada em relação ao plano <strong>do</strong><br />

crenulário, torna-se gradativamente lisa posicionan<strong>do</strong>-se abaixo <strong>do</strong> plano <strong>do</strong> crenulário em<br />

direção ao lúmen. Os espécimes MN 8254-Id, MN 7487-Ik e UNIRIO-066-BVb foram<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como Pentaridica sp. por apresentar pedúnculo pentagonal heteromórfico<br />

com látera reta e lisa; faceta articular pentagonal com aréola levemente pentaestrelada; e<br />

crenulário dividi<strong>do</strong> em cinco pentâmeros, com oito a <strong>de</strong>z crênulas curtas, retas e simples.<br />

Os espécimes MN 8260-Ia, MN 8261-Ia, MN 8259-Ia, b, c, MN 7385-Ia, b foram<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como Maretocrinus sp. pelo pedúnculo circular e faceta articular possuin<strong>do</strong><br />

um crenulário com crênulas curtas e retas, restritas à periferia; aréola bem <strong>de</strong>senvolvida,<br />

plana e lisa e um perilúmen pouco individualiza<strong>do</strong>, sem ornamentação, circundan<strong>do</strong> um<br />

lúmen pequeno e diminuto. Os espécimes aqui <strong>de</strong>scritos duplicam o número <strong>de</strong> gêneros<br />

conheci<strong>do</strong>s para a Formação Maecuru, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> se esperar que, pela abundância <strong>do</strong><br />

registro <strong>do</strong> grupo nesta unida<strong>de</strong>, nos próximos anos outros táxons sejam i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s.<br />

Apoio: FAPERJ e CNPq.<br />

1 Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Geologia, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

(UFRJ), Avenida Briga<strong>de</strong>iro Trompowsky, s/n 0 , Cida<strong>de</strong> Universitária - Ilha <strong>do</strong> Fundão - 21949-900, Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, RJ, Brasil.<br />

2 Departamento <strong>de</strong> Geologia e Paleontologia, Museu Nacional (MN/UFRJ), Quinta da Boa Vista s/n 0 - São<br />

Cristóvão - 20940-040, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

3 Bolsista <strong>de</strong> Produtivida<strong>de</strong> em Pesquisa <strong>do</strong> CNPq.<br />

E-mails: schefflersm@yahoo.com.br, acsfernan<strong>de</strong>s@acd.ufrj.br, vmmedinafonseca@gmail.com<br />

Paleoinvertebra<strong>do</strong>s

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