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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 92<br />

¹Laboratório <strong>de</strong> Paleontologia, Centro Multidisciplinar, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Acre (UFAC), Campus Floresta,<br />

Cruzeiro <strong>do</strong> Sul, Acre, Brasil.<br />

²Bolsista PIBEX<br />

3 Doutoranda/CECOAL/UNNE/Corrientes/Argentina.<br />

4 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

5 Bolsista PIBIC/CNPq<br />

Registro inédito <strong>de</strong> paleoflora <strong>do</strong> Mio-Plioceno<br />

<strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Rio Juruá - Acre<br />

Marla Daniele Brito <strong>de</strong> Oliveira 1,2 , Adriana Kloster 1,3 , Karen Adami-Rodrigues 1 ,<br />

Nelsa Car<strong>do</strong>so 4 , & Rutilene Barbosa Souza 1,5<br />

Em termos <strong>de</strong> floras fósseis o Acre encontra-se em estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> o<br />

registro inédito <strong>de</strong> fitofósseis encontra<strong>do</strong>s no afloramento Barco Quebra<strong>do</strong> no Vale <strong>do</strong><br />

Juruá-Acre, Formação Solimões, preconizam estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> megafósseis vegetais. O Mio-<br />

Plioceno caracteriza-se pelas variações climáticas, sen<strong>do</strong> que a última das fases resulta em<br />

um clima semi-ári<strong>do</strong> na Amazônia. Essa fase semi-árida permitiu a instalação <strong>de</strong><br />

vegetação original, registrada em novos afloramentos às margens <strong>do</strong> Rio Juruá. Os<br />

diferentes espécimes coleta<strong>do</strong>s encontram-se preserva<strong>do</strong>s na forma <strong>de</strong> compressões,<br />

adpressões e impressões, sen<strong>do</strong> que a maioria apresenta processo <strong>de</strong> mumificação, o que<br />

permite a visualização <strong>de</strong> nervuras <strong>de</strong> primeira e segunda or<strong>de</strong>m, assim como os aspectos<br />

cuticulares, permitin<strong>do</strong> inclusive a visualização das feições anatômicas das folhas on<strong>de</strong> há<br />

preservação <strong>do</strong> mesofilo. Ressalta-se que os fitofósseis <strong>de</strong> angiospermas apresentam<br />

diferentes morfotipos, muito similares aos atuais, com pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> elementos<br />

mesófilos, o que induz à interpretação <strong>de</strong> uma flora <strong>de</strong> ambiente úmi<strong>do</strong> em floresta<br />

tropical <strong>de</strong> planície. Sugere-se, pela observação da hidrodinâmica fluvial <strong>do</strong>s atuais rios<br />

meandrantes da Amazônia, que a <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> restos vegetais macroscópicos se <strong>de</strong>u em<br />

ambiente similar ao que existe atualmente, proporcionan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma, acúmulo <strong>de</strong><br />

material vegetal, caracterizan<strong>do</strong> uma associação parautóctone. O afloramento é<br />

constituí<strong>do</strong> por sucessões <strong>de</strong> pelitos <strong>de</strong> coloração cinza escuro, com presença <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica (folhas, galhos e troncos), com ausência <strong>de</strong> bioturbação, representan<strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito<br />

<strong>de</strong> pântano <strong>de</strong>nsamente vegeta<strong>do</strong>, com baixa taxa <strong>de</strong> sedimentação e pouca drenagem<br />

sob condições redutoras, o que reforça a interpretação <strong>de</strong> lago <strong>de</strong> meandro pouco<br />

profun<strong>do</strong>. Os megafósseis vegetais registra<strong>do</strong>s em afloramentos <strong>do</strong> Rio Juruá e<br />

apresenta<strong>do</strong>s preliminarmente neste trabalho fornecem da<strong>do</strong>s para o refinamento <strong>de</strong><br />

estu<strong>do</strong>s paleoecológicos e tafonômicos, os quais <strong>de</strong>verão ser utiliza<strong>do</strong>s em futuros estu<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> reconstrução paleoclimáticas e/ou paleoambientais da Amazônia Sul-Oci<strong>de</strong>ntal. Apoio:<br />

CNPq e Petrobras.<br />

E-mails: marlabrito.paleo@gmail.com, klosterdri@gmail.com, karen@pq.cnpq.br,<br />

nelsa.car<strong>do</strong>so@gmail.com, ruth_czs@hotmail.com<br />

Paleobotânica

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