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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 214<br />

1<br />

Instituto <strong>de</strong> Biologia , Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia (UFU), Rua Ceará, Campus Umuarama, 38400-902,<br />

Uberlândia, MG, Brasil.<br />

2<br />

Department of Earth Sciences, Faculty of Sciences, University of Bristol, Queens Road, Wills Memorial Building<br />

BS8 1RJ, Clifton, Bristol, England, United King<strong>do</strong>m.<br />

Análise filogenética <strong>do</strong>s Sphagesauridae<br />

(Crocodyliformes: Mesoeucrocodylia)<br />

Douglas Riff 1 & Marco Brandalise <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> 2<br />

Os Sphagesauridae compõem um <strong>do</strong>s grupos mais peculiares <strong>de</strong>ntre os crocodilomorfos<br />

sul-americanos. Ao seu material-tipo, tratan<strong>do</strong>-se apenas <strong>de</strong> <strong>do</strong>is <strong>de</strong>ntes isola<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>scrito<br />

por L. I. Price em 1950 e provenientes <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte e Santo<br />

Anastácio (SP), foram acrescentadas nos últimos anos novas formas, baseadas em<br />

material bem mais completo. Um crânio parcialmente completo (RCL-100: MCN/PUC-MG)<br />

foi <strong>de</strong>scrito em 2003 e sua <strong>de</strong>ntição associada morfologicamente ao material-tipo da<br />

família, e o epíteto original, Sphagesaurus huenei, manti<strong>do</strong> para este material.<br />

Posteriormente foram <strong>de</strong>scritos <strong>do</strong>is novos táxons: Sphagesaurus montealtensis e<br />

Armadillosuchus arrudai, ambos provenientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos da Formação Adamantina<br />

(Campaniano-Maastrichtiano) aflorantes no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Estes táxons<br />

compartilham a peculiar morfologia <strong>de</strong>ntária <strong>de</strong> Sphagesaurus huenei: presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes<br />

maxilares posteriores com seção triangular, <strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> carena mesial mas com<br />

<strong>de</strong>ntículos tuberosos em sua carena distal e obliquamente dispostos, fortemente<br />

rotaciona<strong>do</strong>s paramesialmente (inclusive suas bases), orienta<strong>do</strong>s em cerca <strong>de</strong> 90º em<br />

relação à borda ventral lateral da maxila. Dentes mandibulares posteriores também<br />

rotaciona<strong>do</strong>s mas sem carena distal. Dentes maxilares rotaciona<strong>do</strong>s paramesialmente<br />

porém <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tênue carena mesial ocorrem em um táxon recentemente <strong>de</strong>scrito,<br />

Adamantinasuchus navae. Com o novo aporte <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s morfológicos disponível na<br />

literatura uma análise filogenética foi aqui conduzida, visan<strong>do</strong> o posicionamento<br />

filogenético e relacionamento interno <strong>do</strong>s Sphagesauridae. Sphagesaurus huenei (RCL-<br />

100) e os holótipos <strong>de</strong> S. montealtensis, Armadillosuchus arrudai e Adamantinasuchus<br />

navae foram incluí<strong>do</strong>s em uma matriz <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s com 270 caracteres e outras 55 espécies<br />

<strong>de</strong> Crocodylomorpha e <strong>do</strong>is táxons externos. Uma busca heurística com 100 replicações<br />

aleatórias sob o algoritmo TBR foi conduzida no programa PAUP 4.0 beta10 com to<strong>do</strong>s os<br />

caracteres manti<strong>do</strong>s não-or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s e sem pon<strong>de</strong>ração (linha <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>:<br />

pset/ mstaxa=variable opt=minf collapse=minbrlen; hsearch/ multrees=yes swap=tbr<br />

nreps=100 addseq=ran<strong>do</strong>m). Foram encontradas 67 árvores igualmente parcimoniosas,<br />

cujo consenso estrito é bem resolvi<strong>do</strong> e coerente com as <strong>de</strong>mais hipóteses correntes para<br />

os Crocodylomorpha (1034 passos, CI=0,37, IR=0,66). Além da ausência <strong>de</strong> carena<br />

mesial nos <strong>de</strong>ntes maxilares posteriores, os Sphagesauridae são aqui suporta<strong>do</strong>s pela<br />

presença <strong>de</strong> uma espessa camada <strong>de</strong> esmalte, além <strong>de</strong> quatro sinapomorfias ambíguas e<br />

posicionam-se com a seguinte topologia: (Armadillosuchus (Sphagesaurus huenei + S.<br />

montealtensis)), ten<strong>do</strong> como grupo-irmão Adamantinasuchus. O cla<strong>do</strong> Sphagesauridae +<br />

Adamantinasuchus é sustenta<strong>do</strong> pela presença da acentuada rotação paramesial <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>ntes maxilares, base <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntes mais larga que a coroa e ausência <strong>de</strong> forâmens na<br />

fossa perinarial, além <strong>de</strong> 15 sinapomorfias ambíguas e conta com suporte <strong>de</strong> Bootstrap,<br />

Jackkife e Bremer <strong>de</strong> 58, 54 e 1, respectivamente. Este cla<strong>do</strong>, por sua vez, posiciona-se<br />

profundamente entre os Notosuchia, como grupo irmão <strong>do</strong>s altamente preda<strong>do</strong>res<br />

Baurusuchidae, relação esta suportada pela expansão <strong>do</strong>rso-ventral da região antorbital<br />

<strong>do</strong> jugal, expansão lateral <strong>do</strong> processo anterior <strong>do</strong> jugal forman<strong>do</strong> uma plataforma, além<br />

E-mails: driff2@gmail.com, marcobranda@yahoo.com.br<br />

Paleovertebra<strong>do</strong>s

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