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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 66<br />

1<br />

Departamento <strong>de</strong> Paleontologia e Estratigrafia, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Sul (UFRGS), Avenida Bento Gonçalves, 9500, Caixa postal 1500, 191509-900, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

2<br />

Departamento <strong>de</strong> Arqueologia e Ciências Naturais, Centro <strong>de</strong> Ciências da Natureza, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong><br />

Piauí (UFPI), 64040-550, Teresina, PI, Brasil.<br />

3<br />

Bolsista <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong> CNPq.<br />

4<br />

Departamento <strong>de</strong> Geologia, Centro <strong>de</strong> Ciências Exatas e da Terra, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Norte (UFRN), 59072-970, Natal, RN, Brasil.<br />

5<br />

Laboratório <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Recifais, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia (UFBA), 40170-020,<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil.<br />

Paleoecologia <strong>do</strong> único Atol <strong>do</strong> Atlântico Sul Equatorial<br />

Marcelo <strong>de</strong> Oliveira Soares 1,2,3 , Narendra Kumar Srivastava 4 , Marcela Marques Vieira 4 ,<br />

Valesca Brasil Lemos 1 & Ruy Kenji Papa <strong>de</strong> Kikuchi 5<br />

A paleoecologia é <strong>de</strong>finida como o estu<strong>do</strong> das comunida<strong>de</strong>s biológicas pretéritas no seu<br />

contexto paleoambiental. Atóis são recifes oceânicos <strong>de</strong> forma anular a elipsói<strong>de</strong> que<br />

comumente contêm uma laguna em seu interior. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a evolução <strong>de</strong>stes recifes,<br />

sob efeitos eustáticos e hidro-isostáticos, observa-se que essa configuração morfológica é<br />

um esta<strong>do</strong> temporário que só existiu durante uma pequena parte <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> Quaternário.<br />

Apesar da importância <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s paleoecológicos em recifes oceânicos, observa-se uma<br />

escassez <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s no Atol das Rocas (NE, Brasil). Este estu<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> elaborar um<br />

mo<strong>de</strong>lo paleoecológico para este recife carbonático. As coletas foram realizadas no único<br />

Atol <strong>do</strong> Atlântico Sul Equatorial: Atol das Rocas (3°51‟S, 33°49‟W). Este recife oceânico<br />

está localiza<strong>do</strong> no topo <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> montanhas submarinas, cuja base encontra-se a<br />

4.000 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, distante 266 km da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal e a 150 km a oeste <strong>do</strong><br />

arquipélago <strong>de</strong> Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noronha (Nor<strong>de</strong>ste, Brasil). Foram analisa<strong>do</strong>s aspectos<br />

estratigráficos, paleontológicos e geomorfológicos <strong>do</strong> recife e <strong>de</strong> afloramentos <strong>de</strong><br />

calcarenito expostos na ilha <strong>do</strong> Cemitério. Da<strong>do</strong>s radiométricos ( 14 C) foram obti<strong>do</strong>s a partir<br />

<strong>de</strong> amostras analisadas no Departamento <strong>de</strong> Física da UFC. O recife oceânico estuda<strong>do</strong> se<br />

<strong>de</strong>senvolveu nos últimos 7.000 anos, no Perío<strong>do</strong> Neógeno. A estrutura atual <strong>de</strong>senvolveuse<br />

sobre uma plataforma <strong>de</strong> carstificação pleistocênica (paleoatol) que serviu <strong>de</strong> base para<br />

o crescimento <strong>de</strong> algas calcáreas, corais, foraminíferos e vermetí<strong>de</strong>os no setor a<br />

barlavento. A paleohidrodinâmica da corrente oceânica (E-W), variações no gradiente <strong>de</strong><br />

energia no la<strong>do</strong> a barlavento e sotavento e, sobretu<strong>do</strong>, as oscilações eustáticas<br />

holocênicas foram prepon<strong>de</strong>rantes na evolução recifal. Em níveis <strong>de</strong> mar alto (3-5m acima<br />

<strong>do</strong> nível atual), uma gran<strong>de</strong> paleolaguna composta por comunida<strong>de</strong>s bentônicas <strong>de</strong><br />

biválvios, crustáceos, gastrópo<strong>de</strong>s e corais se formou. A regressão levou à formação <strong>de</strong><br />

ambientes lagunares rasos e <strong>de</strong> pequenas dimensões, <strong>de</strong> um amplo <strong>de</strong>pósito arenoso e<br />

das ilhas a sotavento. A dinâmica temporal e espacial <strong>de</strong> sete comunida<strong>de</strong>s principais <strong>de</strong><br />

ambientes submersos, intertidais e emersos é <strong>de</strong>monstrada pela primeira vez. As<br />

variações <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z e da sedimentação carbonática tiveram influência nos padrões <strong>de</strong><br />

diversida<strong>de</strong> ao longo <strong>do</strong> Holoceno e na seleção <strong>do</strong>s bioconstrutores recifais. Foi proposto<br />

um mo<strong>de</strong>lo paleoecológico para discussão da dinâmica temporal e espacial <strong>do</strong>s ambientes<br />

recifais e das paleocomunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Atol das Rocas (Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil). Verifica-se que<br />

fatores como a variação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar, turbi<strong>de</strong>z, sedimentação, matéria orgânica e<br />

características biológicas influenciaram os processos construtivos e <strong>de</strong>strutivos <strong>de</strong><br />

formação <strong>de</strong>ste recife oceânico. A paleohidrodinâmica, o gradiente <strong>de</strong> energia no senti<strong>do</strong><br />

barlavento/sotavento e as oscilações eustáticas holocênicas tiveram papel fundamental na<br />

evolução <strong>de</strong>sse sistema geobiológico. Estu<strong>do</strong>s das taxas <strong>de</strong> subsidência, da estratigrafia <strong>de</strong><br />

seqüências e <strong>de</strong> aspectos tafonômicos po<strong>de</strong>m fornecer importantes da<strong>do</strong>s sobre o único<br />

atol <strong>do</strong> Oceano Atlântico Sul. Apoio: Petrobras e Fundação SOS Mata Atlântica.<br />

E-mail: paleomarcelo@gmail.com<br />

Micropaleontologia

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