18.06.2013 Views

Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Paleontologia 154<br />

Novo sítio fossilífero da Formação Romual<strong>do</strong> “Sítio Baixa Gran<strong>de</strong>”<br />

(Grupo Santana, Bacia <strong>do</strong> Araripe)<br />

Renan Alfre<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong> Bantim 1,2 , Antônio Álamo Feitosa Saraiva 1 , Jefferson Luiz Gonçalves <strong>de</strong> Lima 3 ,<br />

Olga Alcântara Barros 1,2 , Bruno Gabriel Nunes Pralon 1 & Pláci<strong>do</strong> Cida<strong>de</strong> Nuvens 4<br />

A Bacia <strong>do</strong> Araripe encontra-se inserida na região <strong>do</strong> Cariri, situada ao sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Ceará, noroeste <strong>de</strong> Pernambuco e leste <strong>do</strong> Piauí. É <strong>de</strong>limitada ao norte pelo lineamento <strong>de</strong><br />

Patos e ao sul pelo lineamento Pernambuco. A Formação Romual<strong>do</strong> é vista como a fase <strong>de</strong><br />

maior influência marinha da Bacia <strong>do</strong> Araripe. Encaixadas nos folhelhos <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong>,<br />

ocorrem concreções calcárias, geralmente com macrofósseis tridimensionalmente<br />

preserva<strong>do</strong>s, o que é bastante raro no registro paleontológico mundial. Os fósseis <strong>de</strong><br />

vertebra<strong>do</strong>s ocorrentes nesta unida<strong>de</strong> são pre<strong>do</strong>minantemente peixes (cartilaginosos e<br />

ósseos) e reptilianos. Restos <strong>de</strong> invertebra<strong>do</strong>s como ostraco<strong>de</strong>s, foraminíferos,<br />

gastrópo<strong>do</strong>s e biválvios, assim como vegetais superiores e algas, também ocorrem nesta<br />

unida<strong>de</strong>. Localida<strong>de</strong>s fossilíferas foram relatadas na Bacia sedimentar <strong>do</strong> Araripe <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1800 por João da Silva Feijó, por von Spix e von Martius entre 1823 e 1831, Small em<br />

1908 e mais recentemente por Kellner e colabora<strong>do</strong>res em 2002. A variação <strong>de</strong><br />

características gerais <strong>do</strong>s fósseis e forma das concreções, foram observadas pela primeira<br />

vez por Small e Saraiva e colabora<strong>do</strong>res em 2007 que chamam a atenção para a<br />

importância da pesquisa em novas áreas da Bacia <strong>do</strong> Araripe. Nas coor<strong>de</strong>nadas: S 07 09‟<br />

754” e W 39 59‟ 188” (a leste), S 07 09‟ 810” e W 39 59‟ 188” (a sul), S 07 09‟ 897” e W<br />

40 00‟ 068” (a norte) e S 07 10‟ 158” e W 40 00‟ 895” (a oeste), ocorre na sua superfície<br />

milhares <strong>de</strong> concreções que trazem em seu interior fósseis principalmente <strong>de</strong> peixes e<br />

coprólitos. Entre as espécies <strong>de</strong> peixes encontra<strong>do</strong>s, Vinctifer comptoni foi o mais<br />

representativo, segui<strong>do</strong> por Cla<strong>do</strong>cyclus gardineri, Tharrhias sp. e fragmentos <strong>de</strong><br />

Calamopleurus cilindricus <strong>de</strong> porte médio. Chama a atenção, no entanto, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

restos fósseis <strong>de</strong> outros vertebra<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s na área. Em trinta concreções abertas<br />

em campo três continham restos <strong>de</strong> falanges <strong>de</strong> pterossauros, uma continha quelônio e<br />

outra continha falanges <strong>de</strong> pterossauro. De acor<strong>do</strong> com a classificação <strong>de</strong> Saraiva e<br />

colabora<strong>do</strong>res, as concreções <strong>do</strong> Sítio Baixa Gran<strong>de</strong> apresentam matriz regular e tem<br />

forma ovói<strong>de</strong> com textura pouco laminada. São concreções <strong>do</strong> tipo unifossilíferas, com<br />

macro-fósseis na posição mediana, geralmente comprimi<strong>do</strong>s. O porte pequeno <strong>do</strong>s<br />

espécimes <strong>de</strong> peixes encontra<strong>do</strong>s, sugerem que a área na qual a biota vivia era mais rasa<br />

que a parte leste da bacia, que apresenta espécimes <strong>de</strong> porte mais avantaja<strong>do</strong>. Essa<br />

hipótese é reforçada pelo fato <strong>de</strong> serem encontra<strong>do</strong>s, em áreas relativamente próximas a<br />

área fossilífera em questão, os granitói<strong>de</strong>s característicos da borda da bacia.<br />

1 Departamento <strong>de</strong> Ciências Biológicas, Universida<strong>de</strong> Regional <strong>do</strong> Cariri (URCA), Rua Coronel Antônio Luiz, 1161<br />

- Pimenta - 63100-000, Crato, CE, Brasil.<br />

2 Bolsista <strong>de</strong> Iniciação Científica FUNCAP.<br />

3 Programa FECOP (Potengi).<br />

4 Departamento <strong>de</strong> Direito, URCA.<br />

E-mails: renanbantimbiologo@gmail.com, alamocariri@yahoo.com.br<br />

Paleovertebra<strong>do</strong>s

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!