Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão
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Paleontologia 51<br />
Distribuição da fauna <strong>de</strong> foraminíferos bentônicos <strong>do</strong> Quaternário<br />
no talu<strong>de</strong> da Bacia <strong>de</strong> Campos (RJ)<br />
David Holanda <strong>de</strong> Oliveira 1,2 , Renata Moura Mello 3 , Alcina Magnólia F. Barreto 4 & Oscar Strohschoen Jr 3<br />
Os foraminíferos bentônicos têm si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s em estu<strong>do</strong>s paleoceanográficos e<br />
paleoambientais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>, principalmente, aos fatores que influenciam a sua distribuição,<br />
como matéria orgânica, nível <strong>de</strong> oxigênio, <strong>de</strong>ntre outros fatores. Foram feitas coletas <strong>de</strong><br />
sedimentos no talu<strong>de</strong> da Bacia <strong>de</strong> Campos, com objetivo <strong>de</strong> analisar a distribuição <strong>do</strong>s<br />
foraminíferos ao longo <strong>do</strong>s box-corer estuda<strong>do</strong>s. A coleta foi realizada em quatro<br />
estações: 84 (1050 m), 85 (1350 m), 86 (1650 m) e estação 87 (1950 m), e a<br />
profundida<strong>de</strong> das amostras nos box-corer variou entre 20 e 35 cm. O material<br />
subamostra<strong>do</strong> foi trata<strong>do</strong> conforme a meto<strong>do</strong>logia padrão para estu<strong>do</strong>s da microfauna <strong>do</strong><br />
Quaternário. A classificação taxonômica resume-se num total <strong>de</strong> 243 táxons, 51 em nível<br />
genérico e 192 em nível específico, ao longo das quatro estações. As espécies mais<br />
abundantes na amostra 84 foram Globocassidulina spp. – o táxon mais abundante e<br />
<strong>do</strong>minante em to<strong>do</strong>s os intervalos da amostra, com um máximo <strong>de</strong> 31,14% no intervalo<br />
<strong>de</strong> 10-15 cm; Bulimina aculeata (9,76 %: 20-15 cm); Uvigerina peregrina (9,41%:15-20<br />
cm); Cibici<strong>de</strong>s refulgens (7,43 %: 00-02 cm) e Siphonaperta ammophila (5,15%: 00-02<br />
cm). Na amostra 85 foram encontradas Globocassidulina spp. (30,07%:15-20 cm);<br />
Uvigerina peregrina (12,46 %: 00-02 cm.); Evolvocassidulina orientalis (8,04%: 00-02<br />
cm); Cibici<strong>de</strong>s refulgens (6,89%: 00-02 cm). Na amostra 86 as espécies mais abundantes<br />
em toda a amostra foram Globocassidulina spp. (16,24%: 02-05 cm); Uvigerina peregrina<br />
(9,17%: 30-35 cm); Rhabdammina abyssorum (5,41%. 05-10 cm) e Bolivina inflata<br />
(5,30%: 25-30 cm). Amostra 87 Globocassidulina spp. – como nas <strong>de</strong>mais amostras é o<br />
táxon mais abundante em quase to<strong>do</strong>s os intervalos (19,72%: 02-05 cm);<br />
Ammoglobigerina globulosa (00-02 cm: 10,69%); Rhabdammina abyssorum (9,56%: 05-<br />
10 cm); Osangularia bengalensis (7,42% no intervalo <strong>de</strong> 25-30 cm) e Tolypammina<br />
extenda (6,83%: 05-10 cm). Os foraminíferos calcário-hialinos foram os mais abundantes<br />
e diversifica<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s os intervalos <strong>de</strong> todas as estações com 140 táxons, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />
aglutinantes com 64 e posteriormente os calcário-porcelanosos, com 39 táxons que<br />
apresentam distribuição esporádica nos intervalos das estações. A influência da batimetria<br />
é clara e direta nas associações faunísticas formadas com base no tipo <strong>de</strong> carapaça<br />
(aglutinante, porcelanosa e calcário-hialina).<br />
1<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, (UFPE), Avenida<br />
Acadêmico Hélio Ramos, s/n 0 - Cida<strong>de</strong> Universitária - 50740-530, Recife, PE, Brasil.<br />
2<br />
Bolsista <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong> CNPq.<br />
3<br />
Petrobras/CENPES/PDEXP/BPA Avenida Jequitibá, 950, Cida<strong>de</strong> Universitária - Ilha <strong>do</strong> Fundão - 21941-598, Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />
4<br />
Departamento <strong>de</strong> Geologia, Centro <strong>de</strong> Tecnologia e Geociências, UFPE.<br />
E-mails: davidholanda@gmail, alcina@ufpe.br, oscarsj@petrobras.com.br<br />
Micropaleontologia