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Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão

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Paleontologia 23<br />

Fungos marinhos: Evidências palinológicas adicionais da influência<br />

marinha no Grupo Barreiras (Mioceno)<br />

1 Gerência <strong>de</strong> Bioestratigrafia e Paleoecologia, Petrobras/CENPES/PDEXP/BPA, Cida<strong>de</strong> Universitária, - Ilha <strong>do</strong><br />

Fundão - 21941-915, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

E-mail: arai@petrobras.com.br<br />

Mitsuru Arai 1<br />

Análises palinológicas realizadas em estratos miocênicos <strong>do</strong> Grupo Barreiras revelaram a<br />

presença <strong>de</strong> fungos marinhos. Dentre vários táxons <strong>de</strong> fungos encontra<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>staca-se o<br />

gênero Palaeocirrenalia Ramanujam & Srisailam, 1980, equivalente fóssil <strong>do</strong> gênero<br />

Cirrenalia que habita ambientes atuais <strong>de</strong> manguezais (mangroves), cujo conídio é<br />

helicói<strong>de</strong> com enrolamento frouxo típico, apresentan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is a seis septos. Exemplares <strong>de</strong><br />

Palaeocirrenalia vinham sen<strong>do</strong> observa<strong>do</strong>s no Mioceno <strong>do</strong> Grupo Barreiras <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década<br />

<strong>de</strong> 1980, mas, nos trabalhos anteriores, eles haviam si<strong>do</strong> erroneamente atribuí<strong>do</strong>s ao<br />

gênero Involutisporonites (Clarke, 1965), que difere fundamentalmente por possuir poros.<br />

A revisão <strong>do</strong>s materiais estuda<strong>do</strong>s confirmou a presença <strong>de</strong> Palaeocirrenalia em todas as<br />

ocorrências <strong>do</strong> Grupo Barreiras, on<strong>de</strong> o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> análise palinológica havia si<strong>do</strong><br />

positivo: nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Pará, litoral <strong>do</strong> <strong>Maranhão</strong> e região <strong>de</strong> Comandatuba (litoral sul da<br />

Bahia). Além <strong>de</strong> reforçar as evidências marinhas – paleontológicas (cistos <strong>de</strong><br />

dinoflagela<strong>do</strong>s e restos quitinosos <strong>de</strong> foraminíferos) e sedimentológicas (<strong>de</strong>pósitos<br />

heterolíticos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s sob forte influência <strong>de</strong> maré) – já apontadas em trabalhos<br />

anteriores, o presente registro abre novas perspectivas, no que se refere ao zoneamento<br />

paleoecológico e ao entendimento <strong>do</strong> mecanismo <strong>de</strong> reciclagem da matéria orgânica no<br />

paleoambiente costeiro <strong>do</strong> Mioceno.<br />

Micropaleontologia

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