Livro de Resumos - Dinossauros do Maranhão
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Paleontologia 171<br />
Tomografia e manipulação tridimensional virtual <strong>de</strong><br />
Baurusuchus salga<strong>do</strong>ensis (Crocodyliformes Baurusuchidae)<br />
<strong>do</strong> Cretáceo Superior da Bacia Bauru<br />
Karol <strong>de</strong> Oliveira Duarte 1 , Felipe Mesquita <strong>de</strong> Vasconcellos 1 , Thiago da Silva Marinho 1<br />
& Ismar <strong>de</strong> Souza Carvalho 1,2<br />
O Crocodilyformes Baurusuchus salga<strong>do</strong>ensis Carvalho, Campos & Nobre, 2005 foi <strong>de</strong>scrito<br />
a partir <strong>de</strong> espécimes bem preserva<strong>do</strong>s oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s arenitos avermelha<strong>do</strong>s da Formação<br />
Adamantina (Bacia Bauru, Cretáceo Superior, Turoniano-Santoniano) no município <strong>de</strong><br />
General Salga<strong>do</strong>. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s biomecânicos, objetivou-se neste trabalho a<br />
reconstrução e animação <strong>de</strong> B. salga<strong>do</strong>ensis, utilizan<strong>do</strong>-se ferramentas não invasivas <strong>de</strong><br />
imageamento e manipulação computacional virtual. Para isso, foi realiza<strong>do</strong> um exame <strong>de</strong><br />
tomografia Multi slice 64 canais tridimensional no espécime UFRJ DG 288-R, um exemplar<br />
quase completo. Os da<strong>do</strong>s tomográficos resultantes foram processa<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> o<br />
software AVIZO 6.0, da Mercury Computer Systems, e, posteriormente, manipula<strong>do</strong>s no<br />
software Auto<strong>de</strong>sk 3D StudioMAX 8.0. Em uma etapa seguinte, os ossos que estavam<br />
articula<strong>do</strong>s no fóssil foram separa<strong>do</strong>s. No membro anterior, foram <strong>de</strong>sarticula<strong>do</strong>s úmero,<br />
rádio, ulna, carpais, metacarpais e falanges. No membro posterior, tarsais, metatarsais e<br />
artelhos foram separa<strong>do</strong>s. To<strong>do</strong>s os elementos foram então reorganiza<strong>do</strong>s virtualmente a<br />
fim <strong>de</strong> colocá-los o mais próximo possível da posição <strong>de</strong> vida. A seguir, foi inicia<strong>do</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> animação, começan<strong>do</strong> com apenas o membro posterior esquer<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong><br />
como base os estu<strong>do</strong>s biomecânicos e comparações com animais atuais. Nesta etapa,<br />
optou-se por fazer a animação quadro por quadro, pois esta permite controlar a posição<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os ossos e articulações. Nesse tipo <strong>de</strong> animação, são feitos quadros das<br />
principais fases <strong>do</strong> movimento, <strong>de</strong>pois o próprio software calcula as posições relativas <strong>do</strong>s<br />
objetos virtuais <strong>do</strong>s quadros intermediários, mas que são passíveis <strong>de</strong> modificação. Uma<br />
vez feito isso, foram produzidas animações em diversos formatos e selecionou-se a<br />
extensão .AVI. A tomografia computa<strong>do</strong>rizada Multi slice permite a recriação virtual <strong>do</strong>s<br />
fósseis com gran<strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e a interface virtual 3D possibilita a visualização e<br />
manipulação, reduzin<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manusear o exemplar real, diminuin<strong>do</strong> o risco<br />
<strong>de</strong> danificá-lo. Essa técnica também permite visualizar as estruturas internas <strong>do</strong> fóssil, sem<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cortá-lo, sen<strong>do</strong> assim <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> em estu<strong>do</strong>s biomecânicos e<br />
anatômicos. Além disso, permite a disponibilização online <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los 3D em formato<br />
.WRL, facilitan<strong>do</strong> a divulgação. Essa técnica também possui um gran<strong>de</strong> potencial<br />
educativo. A elaboração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los 3D virtuais é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor para exposições e aulas,<br />
já que são visualmente atraentes e permitem a reconstrução in vivo “virtual” <strong>de</strong> espécies<br />
fósseis. Apoio: CNPq, FAPERJ e CAPES.<br />
1 Departamento <strong>de</strong> Geologia, Instituto <strong>de</strong> Geociências, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (UFRJ), Avenida<br />
Athos da Silveira Ramos, 274 Cida<strong>de</strong> Universitária - Ilha <strong>do</strong> Fundão - 21949-900, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />
2 Bolsista <strong>de</strong> Produtivida<strong>de</strong> em Pesquisa <strong>do</strong> CNPq.<br />
E-mails: karolynekawaii@gmail.com, felipe.crocodilo@gmail.com, tsmarinho@gmail.com,<br />
ismar@geologia.ufrj.br<br />
Paleovertebra<strong>do</strong>s