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Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

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Capítulo 4 – Temas da <strong>Sociologia</strong> <strong>Jurídica</strong> Atual<br />

Com Luhmann vemos o anúncio da morte de qualquer teleologia;<br />

morte de toda a intencionalidade e finalidades. Estas ficam somente na<br />

intenção no observador; ele promove uma mudança radical em relação<br />

ao pensamento que afirma que a estrutura determina a função (mas sim<br />

da função que determina a estrutura) e a impossibilidade de separar<br />

sujeito e objeto.<br />

Com Luhmann não podemos mais falarde uma epistemologia<br />

transcendental. São fragmentos nominalistas e idealistas que misturam<br />

visibilidades diversas e uma diversidade de enfoques, como uma epis-<br />

temologia natural.<br />

É muito discutível em Luhmann o modo como ele dá por encer-<br />

rado um determinado tempo histórico, a arbitrariedade com que postula<br />

uma nova realidade absolutamente diferente que se abre à evolução<br />

social. De certa forma, é uma idealização do processo de secularização<br />

em que elimina os conflitos da racionalidade, neutraliza o problema da<br />

reprodução social e dá à política uma visão improdutiva, neutralizante<br />

e de hipertrofia.<br />

Como observa Pissarra (1992):<br />

O paradigma de Luhmann nos propõe ajuda na compreensão de<br />

diferentes aspectos da realidade social e política contemporânea<br />

(que outros paradigmas ignoram), mas dele não devemos esperar<br />

mais do que pode nos dar. Do seu programa não constam as respostas<br />

aos problemas da dinâmica social, das tendências inovadoras e da<br />

mudança estrutural (p. 28).<br />

Será que poderíamos afirmar, a partir de Luhmann, que o ser<br />

humano é um sistema autopoiético que necessita se alimentar de um<br />

meio ambiente que contenha liberdade, igualdade que o capitalismo<br />

não tem? Poderíamos interpretar que a lógica capitalista “irrita” as vidas<br />

humanas e que as respostas que vão dar é a eliminação daquele, como<br />

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