22.06.2013 Views

Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 2 – A Modernidade – A Judicialização das Relações Sociais<br />

A <strong>Sociologia</strong> de Weber é percebida também no interior de sua<br />

análise do capitalismo em um dos seus mais famosos livros, A Ética<br />

Protestante e o Espírito do Capitalismo. Para este estudo, ele parte de es-<br />

tatísticas de certos países capitalistas desenvolvidos, nos quais se verifica<br />

que entre os proprietários de capital, empresários e integrantes de classes<br />

superiores se encontram indivíduos de confissão protestante, além de<br />

também serem protestantes os “indivíduos qualificados”, ou melhor, a<br />

mão de obra denominada qualificada, que são os indivíduos de mais alta<br />

qualificação técnica e comercial das empresas, em que procura examinar<br />

alguns fatores desta ética protestante que, no seu entender, contribuíram<br />

para formar o espírito do capitalismo, ou seja, o racionalismo econômico<br />

característico do capitalismo ocidental (Weber, 2004, p. 29).<br />

Interessava a Weber entender para discutir a tese os protestantes<br />

ajudarem a desenvolver o moderno capitalismo mesmo trabalhando<br />

apenas para alcançarem a salvação no reino de Deus. Como coloca<br />

Weber (2001, p. 93), o [...] homem [o protestante, no caso] é apenas<br />

um guardião dos bens que lhe foram confiados pela graça de Deus.<br />

Como o servo da parábola, deve prestar conta até o último centavo,<br />

não lhe sendo, pois, nem um pouco imaginável gastar o que quer que<br />

fosse sem uma finalidade que não a glória de Deus [...]...Lembrando,<br />

ainda, que este é o tipo ideal histórico mais abrangente, mas Weber<br />

menciona outros tipos na Ética Protestante, é o caso do tipo de “em-<br />

presário capitalista” (Weber, 2004, p. 63). Escreve Weber sobre este<br />

tipo: [ele] se esquiva à ostentação e à despesa inútil, bem como ao<br />

gozo consciente de seu poder, e sente-se antes incomodado com os<br />

sinais externos da deferência social de que desfruta. Sua conduta de<br />

vida, noutras palavras, comporta quase sempre certo lance ascético,<br />

tal como veio à luz com clareza no citado “sermão” de Franklin [...].<br />

Ou seja, não é raro, mas bastante freqüente, encontrar nele uma dose<br />

de fria modéstia que é substancialmente mais sincera do que aquela<br />

reserva que Benjamin Franklin soube tão bem aconselhar. De sua<br />

91

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!