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Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

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Capítulo 4 – Temas da <strong>Sociologia</strong> <strong>Jurídica</strong> Atual<br />

uma das partes eliminar os obstáculos levantados pela outra. A luta,<br />

então, torna-se pessoal. Cada um dos contendores tem a consciência de<br />

que, para alcançar os seus propósitos, precisa fazer com que o outro não<br />

atinja os seus. Aí surge a hostilidade, que comumente reforça a energia<br />

necessária aos esforços de suplantação. A esse tipo de luta, consciente e<br />

pessoal, dá-se o nome de conflito. Pois uma contenda entre indivíduos<br />

ou grupos, em que cada qual luta por uma solução que exclui a solução<br />

desejada pelo adversário.<br />

A violência é um dos eternos problemas da teoria social e da<br />

prática política e relacional da humanidade. Não se conhece nenhuma<br />

sociedade na qual a violência não tenha estado presente. Pelo contrá-<br />

rio, a dialética do desenvolvimento social traz à tona os problemas mais<br />

vitais e angustiantes do ser humano, levando sociólogos como Engels,<br />

Habermas, Marx, Weber, Durkheim e outros a afirmar que “a história é,<br />

talvez, a mais cruel das deusas que arrasta sua carruagem triunfal sobre<br />

montões de cadáveres, tanto durante as guerras como no período de<br />

desenvolvimento pacífico” (Engels, 1986, p. 187).<br />

Desde tempos imemoriais existe uma preocupação do ser humano<br />

em entender a essência do fenômeno da violência, sua natureza, suas<br />

origens e meios apropriados, a fim de amenizá-la, preveni-la e eliminá-la<br />

da convivência social. O nível de conhecimento atingido, seja no âmbi-<br />

to filosófico, seja no âmbito das Ciências Humanas e Sociais, permite<br />

inferir, no entanto, alguns elementos consensuais sobre o tema e, ao<br />

mesmo tempo, compreender o quanto este é controverso, em quase<br />

todos os seus aspectos.<br />

Hoje é praticamente unânime a ideia de que a violência não faz<br />

parte da natureza humana e que não tem raízes biológicas. Trata-se de<br />

um complexo e dinâmico fenômeno biopsicossocial, mas seu espaço de<br />

criação e desenvolvimento é a vida em sociedade. Assim, para entendê-la,<br />

há que se apelar para a especificidade histórica. Daí se conclui que na<br />

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