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Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí

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244<br />

E n i o W a l d i r d a S i l v a<br />

direito de dizer eu, mas o sujeito em formação não pode se perder em<br />

falsos caminhos (obstáculos), que são reforçados pelos valores dominan-<br />

tes que tendem a assinalar a cada um seu lugar e a integrá-lo no sistema<br />

social sobre o qual não pode exercer influência.<br />

Quanto mais a vida passou a depender de nós mesmos, mais toma-<br />

mos consciência de todos os aspectos de nossa experiência. Nós só nos<br />

tornamos plenamente sujeitos quando aceitamos como nosso ideal nos<br />

reconhecermos como seres individuais, que defendem e constroem sua<br />

singularidade e dando, mediante nossos atos de resistência, um sentido<br />

a nossa existência. A história do sujeito é a da reivindicação de direitos<br />

cada vez mais concretos, que protegem particularidades culturais cada vez<br />

menos geradas pela ação coletiva voluntária e por instituições criadoras<br />

de pertencimento e de dever (Touraine, 1998a).<br />

A violência manifesta-se hoje como uma cultura do tempo, do-<br />

mina e arrasta a família para situação de caos. Há muitas ações novas<br />

que procuram verificar as causas e o agir para frear esta avalanche que<br />

atinge a sociedade. Toda a violência é circular e emerge da explosão dos<br />

mecanismos que controlam os elementos agressivos da violência humana.<br />

Geralmente a violência é mais expressiva nas pessoas que perderam a<br />

esperança, já estão sem causa objetiva, sem razão histórica e são como<br />

representantes da miséria do mundo que zombam da tentativa das auto-<br />

ridades de querer impor a ordem sem atacar o que causa a desordem.<br />

Outros estudos tratam as violências conectadas aos temas das de-<br />

sigualdades sociais, das relações de direitos e deveres dos cidadãos, da<br />

educação e socialização dos indivíduos. Muitas pesquisas concluem que é<br />

a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais, produtoras<br />

de ansiedades em relação ao presente e futuro das pessoas, o antídoto<br />

para a violência social. Ao estar na miséria se tem mais possibilidades<br />

de confluências destas ansiedades e geram várias vulnerabilidades, es-<br />

tranhamentos e ações desintegradoras dos laços sociais.

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