Sociologia Jurídica.pdf - Unijuí
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E n i o W a l d i r d a S i l v a<br />
questões de desenvolvimento e da dependência dos países em relação<br />
ao capitalismo global. Prevalecia aqui a abordagem marxista (Castells,<br />
Kovarick, Fernando Henrique Cardoso e outros). Na década de 70, as<br />
análises eram focadas nas lutas nacionais e populares para integração na<br />
organização social, sendo muitas as determinações da emergência dos<br />
movimentos sociais, como as reivindicações de bens de consumo cole-<br />
tivo e quebra na hegemonia para controle da nação (Touraine, Castells,<br />
Laclau, entre outros). Na década de 80, abandona-se as análises mais<br />
globais e se enfoca os estudos dos movimentos sociais para os grupos<br />
específicos organizados, suas identidades, inovações e modos de fazer<br />
política (Osiel, Jacobi, Kowaric, Touraine e o grupo do Conselho Latino-<br />
Americano de Ciências Sociais (Clacso). Na década de 90 as análises<br />
focavam as redes de movimentos e a organização da sociedade civil com<br />
sua expressividade na metropolização, que aumenta a concentração da<br />
pobreza, a violência desorganizada e organizada e a anomia defensiva<br />
(Scherer-Warren,1993).<br />
Analisava-se que, nesse período, a massa era constituída de<br />
agregados inorgânicos de individualidades e manifestações atomizadas<br />
(desmovimento). A sociedade civil porém, enfraquece e dá lugar à crise<br />
(jovens em bando, delinquentes e grupos de violências organizadas).<br />
Além desse enfoque da crise dos movimentos sociais, no entanto, muitos<br />
estudos tentam buscar as conexões, a cooperação, as redes, a comuni-<br />
cação e as relações sociais como a ação política de afirmação no cenário<br />
de democratização, chamados de novos movimentos sociais (Wefford,<br />
Sousa, Calderón, Melluci, Archer).<br />
Essas novas abordagens dos “novos movimentos sociais” teriam<br />
surgido da extrema insegurança quanto aos desejos de realizar anseios de<br />
vida plena de sentido e perceber que, na lógica capitalista, estes jamais<br />
vão se realizar de forma coletiva (Antunes, 1997). Assim, são as lutas<br />
ecológicas, a feminista, a dos negros, dos homossexuais, dos jovens, da<br />
agricultura familiar, dos idosos, dos trabalhadores das reciclagens de lixo,<br />
da economia solidária, etc.