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Avaliação de Impacto do Efeito Conjugado de programas de ...

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cialmente as famílias beneficiadas por ações complementares aos <strong>programas</strong> <strong>de</strong><br />

transferência renda.<br />

17,4% <strong>do</strong>s artigos pesquisa<strong>do</strong>s contra 17,2% das famílias que recebiam apenas<br />

transferência <strong>de</strong> renda e 15,7% das famílias <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle.<br />

Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo<br />

Além <strong>de</strong>sse panorama, na segunda etapa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, os nichos <strong>de</strong> famílias beneficiárias<br />

<strong>de</strong> <strong>programas</strong> sociais, apesar <strong>de</strong> ter apresenta<strong>do</strong> menor proporção<br />

<strong>de</strong> indivíduos com renda, expressou, em média, um número maior <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong><br />

renda por mora<strong>do</strong>r e uma proporção menor <strong>de</strong> famílias abaixo da linha <strong>de</strong> indigência.<br />

Apesar <strong>de</strong> o grupo <strong>de</strong> controle ter concentra<strong>do</strong> uma menor proporção <strong>de</strong><br />

famílias abaixo da linha <strong>de</strong> pobreza, as famílias contempladas por <strong>programas</strong><br />

complementares avançaram mais neste indica<strong>do</strong>r, reduzin<strong>do</strong> a diferença entre<br />

2008 e 2009. Em outros termos, um percentual maior <strong>de</strong> famílias no grupo familiar<br />

beneficia<strong>do</strong> por ações complementares <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> estar abaixo da linha da<br />

pobreza entre as duas fases <strong>do</strong> levantamento.<br />

As famílias que participavam <strong>de</strong> <strong>programas</strong> complementares aos <strong>de</strong> transferência<br />

<strong>de</strong> renda também apresentaram maiores índices médios <strong>de</strong> crescimento,<br />

para as rendas <strong>do</strong>miciliar e per capita, que aquelas que recebiam apenas repasses<br />

governamentais. Da mesma forma que houve um aumento na renda das<br />

famílias <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle quan<strong>do</strong> comparadas com as <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais estratos,<br />

verificou-se também uma elevação nos gastos per capita <strong>de</strong>ssas famílias entre<br />

2008 e 2009. Isso quer dizer que o grupo <strong>de</strong> controle não apresentou a maior renda<br />

por pessoa em 2009, mas o maior volume <strong>de</strong> gastos por cada familiar.<br />

O grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>monstrou um crescimento no percentual <strong>de</strong> comprometimento<br />

<strong>de</strong> sua renda com dívidas a vencer, uma elevação <strong>do</strong> número <strong>de</strong> famílias<br />

nas quais a renda foi insuficiente em to<strong>do</strong>s os três meses anteriores à segunda<br />

etapa da pesquisa e um <strong>de</strong>créscimo no percentual <strong>do</strong> capital poupa<strong>do</strong>. Já o grupo<br />

<strong>de</strong> famílias que participava <strong>de</strong> <strong>programas</strong> complementares expressou um aumento<br />

no percentual <strong>do</strong>s rendimentos poupa<strong>do</strong>s. Os gastos realiza<strong>do</strong>s pelas famílias<br />

<strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle indicaram aumentos na aquisição recente <strong>de</strong> itens <strong>de</strong><br />

bens <strong>de</strong> conforto e uma redução um pouco maior <strong>do</strong> que a verificada nos outros<br />

agrupamentos <strong>do</strong> número <strong>de</strong> famílias nas classes D e E, conforme classificação<br />

no Critério Brasil 2008 35 .<br />

84 85<br />

No entanto, mesmo com a redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6% entre 2008 e 2009, o grupo<br />

<strong>de</strong> famílias beneficia<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> complementares continuou sen<strong>do</strong> aquele<br />

que exprimia a menor proporção <strong>de</strong> famílias nas classes D e E, e maior número<br />

nas classes C e B. Entre os <strong>do</strong>is levantamentos, o grupo experimental II (núcleo<br />

contempla<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda e combinações <strong>de</strong> outras<br />

ações) – que já expressava o maior percentual <strong>de</strong> famílias que possuíam 14 ou<br />

mais <strong>do</strong>s itens <strong>de</strong> conforto pesquisa<strong>do</strong>s – apresentou também o maior crescimento<br />

na proporção <strong>de</strong> núcleos familiares da escala <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> bens que haviam<br />

adquiri<strong>do</strong> recentemente mais produtos que as famílias <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais grupos:<br />

De to<strong>do</strong>s os indica<strong>do</strong>res relaciona<strong>do</strong>s com a situação socioeconômica, a suficiência<br />

<strong>de</strong> renda e o consumo <strong>do</strong>miciliar pesquisa<strong>do</strong>s, o estrato <strong>de</strong> famílias contempla<strong>do</strong><br />

somente por transferência <strong>de</strong> renda apresentou situação mais favorável<br />

que o grupo <strong>de</strong> controle em pelo menos seis indica<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>sfavorável apenas<br />

em <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res: poupança e gastos per capita.<br />

O grupo <strong>de</strong> famílias beneficia<strong>do</strong> por ações complementares também <strong>de</strong>monstrou<br />

situação mais favorável <strong>do</strong> que o grupo <strong>de</strong> controle em pelo menos seis<br />

indica<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>sfavorável em apenas três: gastos per capita, taxa <strong>de</strong> redução<br />

das classes D e E, e aumento no percentual <strong>de</strong> bens adquiri<strong>do</strong>s. No entanto, esse<br />

estrato ampliou, em 2009, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poupar, e reduziu a proporção <strong>de</strong><br />

famílias nas quais a renda foi insuficiente nos três meses anteriores à pesquisa.<br />

Essas famílias, situadas nas classes D e E, adquiriram e possuíram mais itens <strong>de</strong><br />

conforto <strong>do</strong>méstico, bem como apresentaram maior crescimento na poupança e<br />

elevação na proporção <strong>de</strong> famílias que tinham um número superior <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong><br />

conforto. Entre 2008 e 2009, este grupo também avançou mais <strong>do</strong> que o núcleo<br />

<strong>de</strong> famílias beneficiário apenas <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda em cinco<br />

indica<strong>do</strong>res.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o núcleo <strong>de</strong> famílias contempla<strong>do</strong> por ações complementares<br />

manteve a proporção <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios que pagam água (68,7%) e expressou um<br />

pequeno aumento nos <strong>do</strong>micílios que saldam luz (62,7%), ou seja, que não têm<br />

ligações clan<strong>de</strong>stinas. Já nos <strong>de</strong>mais agrupamentos houve uma queda na proporção<br />

<strong>de</strong> famílias que quitam contas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s. Por sua vez, no grupo <strong>de</strong><br />

controle ocorreu uma redução <strong>de</strong> 10% na proporção <strong>de</strong> famílias paga<strong>do</strong>ras <strong>de</strong><br />

água e <strong>de</strong> 1% na proporção <strong>de</strong> salda<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> luz. Nesse estrato, em 2009, cerca<br />

<strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios não pagava as faturas <strong>de</strong> água e também meta<strong>de</strong> não<br />

quitava as <strong>de</strong> luz.<br />

Entre os <strong>do</strong>micílios que pagavam água, a maioria não apresentava contas em<br />

atraso. A maior incidência <strong>de</strong>ssas faturas atrasadas foi verificada entre as famílias<br />

<strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle. O número <strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> água neste grupo<br />

aumentou no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2008 a 2009, enquanto nos <strong>de</strong>mais agrupamentos houve<br />

redução na proporção <strong>de</strong> inadimplentes, principalmente nas famílias que recebiam<br />

apenas repasses <strong>do</strong>s <strong>programas</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda.<br />

Embora o grupo <strong>de</strong> controle expresse a maior proporção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res <strong>de</strong> água,<br />

junto com as famílias beneficiadas apenas por <strong>programas</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

renda, em 2009 <strong>de</strong>monstrou a menor proporção <strong>de</strong> inadimplentes <strong>de</strong> contas <strong>de</strong><br />

luz (18%) entre os que possuem fornecimento regular. Entretanto, os resulta<strong>do</strong>s<br />

Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo<br />

35 A respeito <strong>de</strong>ssa noção, ver a nota 38.

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