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Avaliação de Impacto do Efeito Conjugado de programas de ...

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Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo<br />

que já estiveram reti<strong>do</strong>s ou foram reprova<strong>do</strong>s em alguma série, tanto esse estrato<br />

quanto o agrupamento <strong>de</strong> controle tiveram aumento na proporção <strong>de</strong> estudantes<br />

nestas condições, a qual, no entanto, foi maior no grupo <strong>de</strong> controle.<br />

12.3.5. Saú<strong>de</strong><br />

No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2008 a 2009, to<strong>do</strong>s os grupos tiveram crescimento na proporção<br />

<strong>de</strong> pessoas que possuem o cartão <strong>do</strong> Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), com aumento<br />

aproxima<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is dígitos para os três estratos (controle, experimental<br />

I e experimental II). No entanto, o grupo <strong>de</strong> famílias beneficiário <strong>de</strong> <strong>programas</strong><br />

complementares foi o que apresentou a maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos <strong>de</strong>tentores<br />

<strong>do</strong> cartão, embora o crescimento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> habitantes com o <strong>do</strong>cumento<br />

tenha si<strong>do</strong> maior nas famílias <strong>do</strong>s grupos contempla<strong>do</strong>s apenas por <strong>programas</strong><br />

<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda e, principalmente, nas <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle.<br />

Até a segunda etapa da pesquisa, também cresceu nesses grupos a proporção <strong>de</strong><br />

indivíduos que já haviam se consulta<strong>do</strong> com médicos, principalmente o número<br />

<strong>de</strong> integrantes <strong>do</strong> núcleo <strong>de</strong> famílias contempla<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> complementares.<br />

Ambos os relatórios <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da primeira e segunda fases<br />

<strong>do</strong> levantamento indicaram que esse agrupamento apresentava um contingente<br />

maior <strong>de</strong> pessoas com mais necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Tanto é assim<br />

que, em 2009, esse estrato concentrou uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos com<br />

o cartão <strong>do</strong> SUS. Além disso, a quase totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus integrantes já havia se<br />

consulta<strong>do</strong> com médicos (99,7%), teve mais necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consultas curativas<br />

<strong>do</strong> que os membros <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle e precisou mais <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong><br />

uso contínuo.<br />

As famílias que participavam <strong>de</strong> <strong>programas</strong> sociais também tiveram, entre 2008<br />

e 2009, uma maior elevação no percentual <strong>de</strong> pessoas cuja última consulta foi<br />

preventiva, especialmente o estrato que recebia apenas transferência <strong>de</strong> renda.<br />

No perío<strong>do</strong> que abrange os <strong>do</strong>is momentos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, to<strong>do</strong>s os agrupamentos<br />

apresentaram uma redução no percentual <strong>de</strong> integrantes que precisavam <strong>de</strong><br />

medicamentos <strong>de</strong> uso contínuo. Porém, os grupos experimentais e, principalmente,<br />

o núcleo <strong>de</strong> famílias participante <strong>de</strong> <strong>programas</strong> complementares apresentou<br />

menor redução. Este resulta<strong>do</strong> indica que o uso contínuo <strong>de</strong> medicamentos<br />

po<strong>de</strong> estar relaciona<strong>do</strong> com condições <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> na saú<strong>de</strong> e fazer<br />

parte <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> alguns <strong>programas</strong> complementares na área <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Essa hipótese é fortalecida pelas análises que apontam para a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong>sses remédios.<br />

90 91<br />

O núcleo <strong>de</strong> famílias beneficia<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> complementares apresentava,<br />

em 2008, um percentual consi<strong>de</strong>ravelmente maior <strong>de</strong> integrantes com dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acesso a medicamentos <strong>de</strong> uso contínuo. Contu<strong>do</strong>, entre as duas etapas da<br />

pesquisa, enquanto os grupos <strong>de</strong> controle e <strong>de</strong> beneficia<strong>do</strong>s apenas por transferência<br />

<strong>de</strong> renda indicavam, respectivamente, um crescimento <strong>de</strong> 9,2% e 12,9%<br />

na proporção <strong>de</strong> pessoas com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a remédios, o agrupamento<br />

que participava <strong>de</strong> <strong>programas</strong> complementares expressava uma redução <strong>de</strong><br />

8,6% no número <strong>de</strong> indivíduos com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aos medicamentos <strong>de</strong><br />

uso contínuo.<br />

Entretanto, a maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas famílias foi a falta <strong>de</strong> dinheiro, embora, no<br />

perío<strong>do</strong> entre os <strong>do</strong>is levantamentos, tenha ocorri<strong>do</strong> uma diminuição no percentual<br />

<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>sse núcleo com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a medicamentos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

à falta <strong>de</strong> recursos financeiros.<br />

12.3.6. Moradia<br />

No quesito moradia, o grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>monstrou maior vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

a um pequeno aumento no número <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco físico-ambiental no<br />

entorno das residências, como lixões e áreas sujeitas a enchentes e <strong>de</strong>smoronamento,<br />

além <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios em piores condições <strong>de</strong> instalações básicas (cozinha,<br />

banheiro, tratamento <strong>de</strong> água, esgoto), baixa qualida<strong>de</strong> construtiva e pouca<br />

infraestrutura básica disponível (re<strong>de</strong> elétrica, iluminação pública, coleta <strong>de</strong> lixo,<br />

pavimentação etc.).<br />

Já nos grupos que participavam <strong>de</strong> <strong>programas</strong> sociais, especialmente nos beneficiários<br />

<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda, houve redução <strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong> risco <strong>do</strong><br />

entorno. Também ocorreu, nesses estratos, uma forte redução nos indica<strong>do</strong>res<br />

das condições <strong>de</strong> instalações <strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio (cômo<strong>do</strong>s, circunstâncias <strong>de</strong> higiene e<br />

qualida<strong>de</strong> construtiva), ou seja, <strong>de</strong> 24,5% para as famílias participantes <strong>de</strong> ações<br />

complementares e <strong>de</strong> 34,3% para as beneficiadas somente por <strong>programas</strong> <strong>de</strong><br />

repasse <strong>de</strong> renda.<br />

As melhorias verificadas nos grupos experimentais po<strong>de</strong>m estar relacionadas<br />

com o aumento <strong>do</strong>s gastos em melhorias habitacionais ocorridas em alguns <strong>do</strong>micílios<br />

entre 2008 e 2009. A <strong>de</strong>spesa média das famílias que realizaram reparos<br />

em suas residências foi menor em 2009 no grupo <strong>de</strong> controle e maior nos agrupamentos<br />

experimentais, especialmente nas famílias beneficiárias <strong>de</strong> <strong>programas</strong><br />

complementares.<br />

Quanto ao atendimento das necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> infraestrutura (coleta <strong>de</strong><br />

lixo, iluminação pública, abastecimento <strong>de</strong> água, re<strong>de</strong> elétrica etc.), houve um<br />

aumento <strong>do</strong> seu provimento em to<strong>do</strong>s os grupos. Nesse indica<strong>do</strong>r, as famílias <strong>do</strong><br />

grupo <strong>de</strong> controle tiveram crescimento mais acentua<strong>do</strong>, ainda que, em 2009, continuassem<br />

sen<strong>do</strong> as que menos receberam cobertura por essa infraestrutura.<br />

Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo

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