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Avaliação de Impacto do Efeito Conjugado de programas de ...

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Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo<br />

da pesquisa indicam que essa proporção é menor que em 2008. Por seu turno,<br />

o grupo <strong>de</strong> famílias beneficia<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> complementares apresentou,<br />

naquele ano, 23% <strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> luz entre os que dispunham <strong>de</strong><br />

fornecimento regular. Em 2009, essa proporção reduziu-se em quatro pontos<br />

percentuais, aproximan<strong>do</strong> este agrupamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais.<br />

Na avaliação <strong>de</strong> contas <strong>de</strong>vidas pelas famílias pesquisadas, a exemplo das cobranças<br />

<strong>de</strong> água e <strong>de</strong> luz, entre outras tarifas, o grupo <strong>de</strong> controle apresentou um<br />

aumento <strong>de</strong> 5% na proporção <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios que possuíam faturas em atraso. Já<br />

o núcleo <strong>de</strong> famílias beneficia<strong>do</strong> somente por transferência <strong>de</strong> renda expressou<br />

um aumento <strong>de</strong> apenas 1%, enquanto as famílias contempladas por ações complementares<br />

<strong>de</strong>monstraram uma redução <strong>de</strong> 4,6% na proporção <strong>de</strong> inadimplentes<br />

no perío<strong>do</strong> entre as duas etapas da pesquisa.<br />

Apesar <strong>de</strong> o grupo <strong>de</strong> controle apresentar a maior proporção <strong>de</strong> famílias com<br />

contas em atraso, o volume médio da inadimplência total em relação à renda<br />

é menor neste núcleo <strong>do</strong> que nos <strong>de</strong>mais. Entre 2008 e 2009, o valor total das<br />

contas em atraso quanto à fonte <strong>de</strong> capital subiu 4,4%, crescimento que revela<br />

um aumento nos níveis <strong>de</strong> inadimplência <strong>de</strong>sse grupo, porém bem abaixo da<br />

elevação <strong>de</strong> 27% verificada no estrato <strong>de</strong> famílias beneficiadas por <strong>programas</strong><br />

complementares, as quais exprimiram o maior volume médio <strong>de</strong> dívidas em relação<br />

à renda familiar. O grupo <strong>de</strong> famílias que recebia apenas <strong>programas</strong> <strong>de</strong><br />

transferência <strong>de</strong> renda foi o único que apresentou redução (1,4%) no indica<strong>do</strong>r da<br />

relação entre a dívida total e a renda <strong>do</strong>miciliar.<br />

Dos seis indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> inadimplência e pagamento <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>, os<br />

grupos experimentais que compreen<strong>de</strong>m as famílias beneficiadas por <strong>programas</strong><br />

sociais apresentaram evolução mais favorável para cinco <strong>de</strong>les. O grupo <strong>de</strong><br />

famílias contempla<strong>do</strong> apenas por <strong>programas</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda revelou,<br />

em 2009, indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> inadimplência, em geral, melhores que os outros agrupamentos.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, ao comparar os <strong>do</strong>is grupos experimentais (I e II), o<br />

núcleo <strong>de</strong> famílias beneficiário <strong>de</strong> <strong>programas</strong> complementares aos <strong>de</strong> transferência<br />

<strong>de</strong> renda exprimiu maior evolução em quatro <strong>do</strong>s seis indica<strong>do</strong>res, mesmo<br />

ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s piores para o volume da dívida em relação à<br />

renda média <strong>do</strong>miciliar.<br />

86 87<br />

12.3.2. Trabalho<br />

Nos indica<strong>do</strong>res que expressam os níveis <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> e autonomia econômicas<br />

nos <strong>do</strong>micílios, a renda cresceu mais fortemente entre as famílias <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong><br />

controle. De 2008 a 2009, esse estrato mostrou um menor crescimento <strong>do</strong>s níveis<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e apresentou um aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> membros da família<br />

entre 16 e 59 anos com rendimento gera<strong>do</strong> por alguma ativida<strong>de</strong> econômica, em<br />

relação ao total <strong>de</strong> pessoas nessa faixa etária e <strong>de</strong> indivíduos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios pesquisa<strong>do</strong>s,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, respectivamente, a ativida<strong>de</strong> e a autonomia financeiras.<br />

Entre os membros <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> famílias contempla<strong>do</strong> por <strong>programas</strong> complementares,<br />

esses <strong>do</strong>is indica<strong>do</strong>res expressaram uma redução na proporção <strong>de</strong><br />

adultos com rendimento. No entanto, ambos os grupos beneficiários <strong>de</strong> <strong>programas</strong><br />

sociais revelaram, no perío<strong>do</strong> entre os <strong>do</strong>is levantamentos, uma redução<br />

maior da sua razão <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, enquanto o grupo <strong>de</strong> controle expressou um<br />

aumento <strong>de</strong> quase 12%.<br />

Em to<strong>do</strong>s os estratos pesquisa<strong>do</strong>s, houve um aumento na proporção <strong>de</strong> indivíduos<br />

forma<strong>do</strong>res da chamada População Economicamente Ativa (PEA) <strong>do</strong>miciliar<br />

que estão <strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s, possivelmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à recente crise econômica<br />

mundial. O aumento <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego foi maior nas famílias contempladas<br />

por <strong>programas</strong> sociais, principalmente para as beneficiárias <strong>de</strong> ações complementares.<br />

Por sua vez, os <strong>de</strong>mais indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> emprego evoluíram mais entre as famílias<br />

beneficiadas apenas por <strong>programas</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> renda. Nesses núcleos,<br />

houve um crescimento maior no percentual <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios nos quais o chefe <strong>de</strong><br />

família trabalha com regularida<strong>de</strong> e com carteira assinada. Ambos os grupos<br />

<strong>de</strong> famílias beneficiárias <strong>de</strong> <strong>programas</strong> sociais <strong>de</strong>monstraram uma maior evolução<br />

na proporção <strong>de</strong> indivíduos da População Economicamente Ativa (PEA) que<br />

possuem emprego formal. Já o grupo <strong>de</strong> famílias que participava <strong>de</strong> <strong>programas</strong><br />

complementares apresentou, entre to<strong>do</strong>s os grupos, a maior evolução para o<br />

emprego formal.<br />

Em resumo, as famílias beneficiadas por ações complementares expressaram<br />

os piores resulta<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2008 a 2009 para os índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />

entre seus membros e para o nível <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> chefe da família.<br />

Por outro prisma, mostraram a maior evolução entre os agrupamentos para o<br />

emprego formal. O grupo <strong>de</strong> famílias contempla<strong>do</strong> somente com <strong>programas</strong> <strong>de</strong><br />

transferência <strong>de</strong> renda também evoluiu menos favoravelmente para o nível <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>semprego, porém avançou mais que o grupo <strong>de</strong> controle nos indica<strong>do</strong>res que<br />

revelam a empregabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> chefe da família e no nível <strong>de</strong> emprego formal<br />

entre seus membros.<br />

Segun<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa, em 2009, as famílias <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> controle<br />

trabalharam mais, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> carga horária e remuneração médias superiores<br />

entre os trabalha<strong>do</strong>res, em relação aos outros grupos. O estu<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rou<br />

não somente o salário <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s formais, mas também o ganho <strong>de</strong> quem<br />

<strong>de</strong>sempenha alguma ativida<strong>de</strong> econômica. No entanto, a remuneração média<br />

entre os indivíduos que trabalham evoluiu mais nos <strong>do</strong>micílios contempla<strong>do</strong>s por<br />

Avaliação <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>Efeito</strong> Conjuga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong><br />

Renda e Complementares na Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo

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