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Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

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VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A CONSTRUÇÃO DA MARCA BRASIL APLICADA AO DESIGN DE PRODUTOS<br />

André Andra<strong>de</strong> Barbieri<br />

Tiago Santos Natalino<br />

Prof. Msc. Sergio Lage (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ao se levar em consi<strong>de</strong>ração a história <strong>do</strong> Brasil comparada com a <strong>de</strong> outros países, principalmente<br />

os <strong>do</strong> continente europeu notamos um perío<strong>do</strong> relativamente curto, no entanto nossas<br />

particularida<strong>de</strong>s bem observadas por Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda tornaram nossa produção cultural<br />

relevante. Contu<strong>do</strong>, se essa análise recair sobre o <strong>de</strong>sign é notória a baixa participação que temos<br />

comparan<strong>do</strong> a esses mesmos países, pois, por mais que já tenhamos realiza<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s feitos,<br />

atingi<strong>do</strong> reconhecimento e estarmos em uma crescente evolução, ainda não temos um histórico<br />

que nos coloque la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com nações <strong>de</strong> vanguarda <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign, como a Alemanha, berço da<br />

Bauhaus, ou a Itália, consi<strong>de</strong>rada por muitos, o centro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign e da moda. Para comprovar este<br />

fato basta notar a data <strong>de</strong> criação da primeira escola <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>do</strong> Brasil, a ESDI (Escola Superior<br />

<strong>de</strong> Desenho Industrial), 1963; além <strong>de</strong> que, a maioria <strong>do</strong>s mais importantes nomes que construíram<br />

o <strong>de</strong>sign brasileiro estão vivos, nomes como Sérgio Rodrigues, Carlos Motta, Alexandre Wollner,<br />

Irmãos Campana, entre outros. E até por essa juventu<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign brasileiro, alguns assuntos<br />

ainda são freqüentes, como a gra<strong>de</strong> curricular <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, a própria <strong>de</strong>nominação da<br />

profissão (<strong>de</strong>senho industrial, <strong>de</strong>sign industrial), a regulamentação da profissão <strong>de</strong> <strong>de</strong>signer, a<br />

prática <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign por outros profissionais tais como arquitetos e engenheiros, e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sign brasileiro.<br />

E <strong>de</strong>ntre os assuntos cita<strong>do</strong>s acima, está o foco <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa <strong>de</strong> iniciação científica: a<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign brasileiro, pois é clara a existência <strong>de</strong> três vertentes na produção nacional: a<br />

artesanal, marcada pela expressivida<strong>de</strong>, não-regularida<strong>de</strong> formal e por fortes características<br />

regionais; a experimental, que se atenta à experimentação <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s formais, da<br />

materialida<strong>de</strong> e diversas combinações; e a industrial, que visa prioritariamente à produção seriada.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, se o artesanato, o <strong>de</strong>sign experimental, o <strong>de</strong>sign industrial e suas variáveis já formam<br />

uma consistente base produtiva com pontos em comum e outros tantos divergentes, que soma<strong>do</strong>s<br />

às características sincréticas <strong>de</strong> nossa formação, acabam geran<strong>do</strong> uma falta <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, então é<br />

através da antropofagia que se torna possível atingir esse objetivo, alcançan<strong>do</strong> o que po<strong>de</strong> ser<br />

chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> “essência da brasilida<strong>de</strong>”.<br />

Ao <strong>de</strong>senvolver produtos com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> brasileira, muitos <strong>de</strong>signers acabam se per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> e<br />

<strong>de</strong>svirtuan<strong>do</strong> as qualida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> país como a alegria, as cores, a diversida<strong>de</strong>, e geram produtos

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