Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...
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VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
MULTICULTURALISMO NOS INTERIORES<br />
(Análise das Casas <strong>de</strong> Sig Bergamin)<br />
Nam Kyung Kim<br />
Profª. Drª. Carla Reis Longhi (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />
INTRODUÇÃO<br />
Voltan<strong>do</strong> no tempo po<strong>de</strong>mos dizer que no passa<strong>do</strong> existiam fronteiras entre os paises; estes<br />
podiam ser claramente diferencia<strong>do</strong>s tanto pela <strong>de</strong>marcação territorial quanto pela sua cultura bem<br />
<strong>de</strong>finida. Existia também o patriotismo, principalmente em paises fortes e <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, que<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ava muitas vezes ao etnocentrismo (tendência em rejeitar a outra cultura como inferior,<br />
encaran<strong>do</strong> os seus padrões culturais como os mais racionais e ajusta<strong>do</strong>s a uma boa vida).<br />
Mas com a globalização o homem po<strong>de</strong>, hoje, “conhecer” as diversas culturas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a qualquer<br />
momento e <strong>de</strong> qualquer lugar. Isso tem si<strong>do</strong> possível graças ao progressivo <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
tecnologias (Internet, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação internacionais, etc.) que acabam com a noção <strong>de</strong><br />
distância, mudam o conceito <strong>de</strong> tempo e dão ao indivíduo to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> informações/culturas<br />
possíveis, caben<strong>do</strong> a este apenas selecionar as <strong>de</strong>sejadas e apropriar-se <strong>de</strong>las. O homem<br />
contemporâneo po<strong>de</strong>, assim, montar a sua própria cultura.<br />
“Quan<strong>do</strong> me perguntam por minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> étnica ou nacionalida<strong>de</strong>, não consigo respon<strong>de</strong>r com<br />
uma palavra, pois minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> já possui repertórios múltiplos”.<br />
(trecho extraí<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro Culturas Híbridas)<br />
O multiculturalismo e o hibridismo são processos <strong>do</strong> pós-mo<strong>de</strong>rnismo que são vistos facilmente em<br />
diversas áreas <strong>de</strong> nossas vidas (fusion food, fusion music, empresas multinacionais que se<br />
adaptam ao território imigra<strong>do</strong>, feng -shui adapta<strong>do</strong> aos brasileiros...). A casa não foge à exceção.<br />
Atualmente <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> interiores e arquitetos estão colocan<strong>do</strong> em seus projetos elementos <strong>de</strong><br />
estilos, épocas e nacionalida<strong>de</strong>s diferentes, fazen<strong>do</strong> com que estes se juntem e formem um<br />
ambiente que atenda às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conforto, tanto físico quanto emocional, <strong>do</strong> ser que habita<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le. Po<strong>de</strong>mos assim perceber que o multiculturalismo e o hibridismo nos interiores são uma<br />
conseqüência <strong>do</strong> momento em que estamos viven<strong>do</strong>, se consi<strong>de</strong>rarmos a casa como uma<br />
<strong>do</strong>cumentação <strong>de</strong> nós mesmos.